A icônica casa noturna G-A-Y, localizada na famosa Old Compton Street, em Soho, Londres, foi colocada à venda, e seu proprietário, Jeremy Joseph, expressou sua preocupação com a perda da identidade LGBT do local. Em uma declaração impactante, ele afirmou que Soho já não é mais reconhecido como “a capital LGBT” e que a essência queer da área está desaparecendo. Jeremy, que reside acima de um dos bares do G-A-Y, descreveu a luta constante contra um regime de licenciamento rígido, a polícia e o Soho Society como um desafio quase insuperável.
O Soho Society, por sua vez, respondeu aos comentários de Jeremy, afirmando que o aumento da criminalidade e os problemas de desordem pública associados a locais noturnos estavam prejudicando a qualidade de vida dos residentes. Eles argumentaram que a queda da cena gay está ligada ao aumento dos aluguéis e à superdesenvolvimento na região. Jeremy também mencionou que a decisão de vender o G-A-Y foi influenciada por danos financeiros e emocionais irreparáveis resultantes de sua luta para reabrir o clube Heaven, que havia sido fechado após uma grave alegação de assédio sexual.
Ele considerou solicitar uma extensão da licença de funcionamento do G-A-Y, mas se sentiu desanimado pela certeza de que o Soho Society e as autoridades de licenciamento se oporiam à sua proposta. Jeremy expressou frustração, destacando que a Old Compton Street perdeu totalmente sua identidade queer. Apesar de seu desejo de que o G-A-Y continue sendo um espaço LGBT, ele tem dúvidas sobre a viabilidade disso na atual situação.
O G-A-Y, que já foi um marco da vida noturna LGBT em Londres, também é conhecido por sua longa história em outros locais, como o Astoria, nos anos 90 e 2000. O Soho Society lamentou a possível perda do espaço, enfatizando a importância de preservar a cultura e herança LGBTQ em Soho. A sociedade se comprometeu a engajar-se em discussões que ajudem a manter a conexão especial de Soho com visitantes e residentes LGBTQ, ao mesmo tempo em que reconheceu os desafios impostos por proprietários de imóveis que elevam os aluguéis a níveis insustentáveis, tornando a sobrevivência de espaços essenciais cada vez mais difícil.
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