Todo ano é a mesma coisa: basta chegarem o calor e o verão para o brasileiro rumar em direção ao litoral em busca de uma só coisa: o sol. Pegar aquele bronze e deixar aquela marca de sunga é o desejo de muitos, mas para que isso não se torne um problema no futuro, é necessário cuidar bem do maior órgão do corpo humano: a pele.
A pele é formada por três camadas, a epiderme, a derme e a hipoderme. A primeira é a parte mais externa, aquele que você pode ver. A principal função da epiderme é proteger o corpo, evitando a saída de água do organismo e a entrada de substâncias e de micróbios.
A derme é a camada do meio: formada por fibras e por grande quantidade de vasos sangüíneos e terminações nervosas, ela é responsável por levar os estímulos do meio ambiente ao cérebro, que os transforma em sensações como frio, calor, dor, cócegas e prazer.
A hipoderme é a última camada da pele. Ela é composta principalmente por células de gordura, ou seja, sua espessura varia de acordo com o indivíduo – se você é gordinho ou magro, por exemplo. A hipoderme apóia e une a epiderme e a derme ao resto do corpo. Ela é também responsável por manter a temperatura do organismo.
Mesmo com tanta proteção, a pele é sensível e exige cuidados dobrados no verão, quando sua exposição ao sol aumenta significativamente. A radiação solar atua na pele causando desde queimaduras até envelhecimento e aparecimento de cânceres. Várias alterações de pigmentação são provocadas pela exposição ao sol, como manchas, pintas e sardas.
A cor da pele é definida por um pigmento chamado melanina, que em maior ou menor quantidade determina a tonalidade da pele branca e negra. A melanina, claro, ajuda na proteção ao sol, ou seja, os branquinhos têm maior risco de queimaduras e outras doenças relacionadas à pele.
“ Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva na Terra, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os de pele clara, com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros”, pontua a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Medidas de proteção contra a radiação solar devem incluir o uso de chapéus, camisetas e deve ser evitada, também, a exposição ao sol entre 10h e 16h (horário de verão). Outro ponto fundamental é o uso do filtro solar. De acordo com a entidade, a preferência deve ser pelos filtros com FPS (fator de proteção solar) 15 ou maior, e que protejam contra os raios UVA e UVB. A
SBD condena o bronzeamento artificial, pois, segundo especialistas, ele pode causar o envelhecimento precoce da pele e até desenvolvimento de câncer.
“É importante ressaltar que as barracas usadas na praia sejam feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material”, alerta a SBD.
Água de beber
A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo – sucos e água de coco também valem. Para uma pele bonita e saudável, os dermatologistas recomendam beber, pelo menos, 2 litros de água por dia. Se a pele estiver ressecada, é sinal de que o corpo pede água. Outros fatores, no entanto, podem contribuir para o ressecamento da pele, tais quais vento, poeira, sol em excesso, calor ou ar seco. Além de beber bastante água, para evitar o ressecamento da pele é preciso usar pouco sabonete, evitar água muito quente e usar cremes hidratantes adequados, sem muito perfume.
Confira os fatores que mais trazem prejuízos à pele:
• Radiação solar
A radiação solar atua na pele causando desde queimaduras até fotoenvelhecimento (decorrente do efeito da radiação ultra-violeta) e aparecimento dos cânceres de pele. Várias alterações de pigmentação são provocadas pela exposição solar, como as manchas, pintas e sardas. A pele foto envelhecida é mais espessa, por vezes amarelada, áspera e manchada. Pessoas com pele envelhecida pelo sol têm maior probabilidade de desenvolver câncer e lesões pré-cancerosas.
• Cigarro
Fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimento na pele. O calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo reduz o fluxo sangüíneo da pele, dificultando a oxigenação dos tecidos. A redução deste fluxo parece contribuir para o envelhecimento precoce da pele e para a formação de rugas. Rugas acentuadas ao redor da boca são muito comuns em fumantes.
• Álcool
O consumo de álcool influi no metabolismo, altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres, que causam o envelhecimento. A exceção à regra é o consumo moderado de vinho tinto, que contém flavonóides e ação antioxidante.
• Movimentos musculares
O movimento repetitivo e contínuo de alguns músculos da face aprofunda as rugas, causando as chamadas marcas de expressão, como as rugas ao redor dos olhos. Já a atividade muscular é importante para o organismo como um todo, tornando a pessoa mais disposta, melhorando seu físico e também a sua saúde.
• Radicais livres
Os radicais livres se formam dentro das células pela exposição aos raios ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo etc. Acredita-se que os radicais livres provocam a degradação do colágeno (substância que dá sustentação à pele) e a acumulação de elastina, que é uma característica da pele fotoenvelhecida.
• Bronzeamento Artificial
A Sociedade Brasileira de Dermatologia condena formalmente o bronzeamento artificial que pode causar o envelhecimento precoce da pele (rugas e manchas) e formação de câncer de pele.
• Envelhecimento e Alimentação
Uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da pele. Assim como a ingestão de líquidos é importante para a saúde geral e também para a hidratação do organismo, a dieta é importante para manter a pele saudável. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeridos para repor perdas ou para suprir necessidades. São eles: água em abundância, vegetais, frutas, peixe, carnes magras etc. Enfim, toda a gama de alimentos que contenham as vitaminas, proteínas e fibras necessárias ao organismo e que ajudem a prevenir os radicais livres, que aceleram o processo do envelhecimento.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia