O vereador Rubinho Nunes, do União Brasil, apresentou na última quarta-feira (29) três projetos de lei na Câmara Municipal de São Paulo que visam restringir a liberdade da população LGBTQIA+. As propostas coincidem com o Dia Nacional da Visibilidade Trans, um momento de celebração e conscientização sobre as questões enfrentadas pela comunidade. Durante uma entrevista à Folha de S.Paulo, Nunes demonstrou desconhecimento sobre a importância da data, afirmando que “nem sabia que era Dia Nacional da Visibilidade Trans” e que tinha “coisas mais importantes para fazer”.
Uma das legislações propostas, o PL 50/2025, visa proibir a realização da Parada do Orgulho LGBTQIA+ nas ruas da cidade. Segundo o projeto, quaisquer eventos que promovam ou façam alusão à cultura LGBTQIA+ devem ocorrer em locais fechados, com o objetivo de “proteger” crianças e adolescentes de conteúdos que Nunes considera impróprios.
O vereador ainda sugere que a participação de menores de 18 anos nos eventos seja proibida, justificando que “a nudez é um conceito que rouba a ingenuidade e a infância das crianças”. Ele compara a Parada a uma “casa de prostituição”, alegando que deve haver restrições semelhantes para proteger os jovens.
As declarações de Nunes e seus projetos de lei geraram controvérsia e indignação entre os defensores dos direitos LGBTQIA+, que veem essas propostas como um retrocesso na luta por igualdade e respeito. Em um momento em que a visibilidade e os direitos da comunidade estão em pauta, as ações do vereador são um chamado à resistência e à mobilização da sociedade em defesa da diversidade e da inclusão.
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