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Verônica Bolina alega que chegou a ser torturada com vassoura no ânus; saiba como ela está

Verônica Bolina, a travesti acusada de agredir uma senhora de 73 anos e que também pode ter sido vítima de agressão policial, alegou em depoimento ao Ministério Público e pela corregedoria da Policia Civil que sofreu inúmeras agressões quando foi presa. E que teve, até mesmo, uma vassoura introduzida em seu ânus.

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Após acompanhar a visita da conselheira Cheila Olalla ao Centro de Detenção Provisória Pinheiros, para a oitiva da acusada, o militante LGBT Julian Rodrigues divulgou que atualmente Verônica está fora do convívio carcerário, "bem melhor fisicamente", e "tratada pelo nome social pela direção do CDP e pela maioria dos agentes".

Na visita, ela relatou novamente o episódio, desde a agressão à senhora ao abuso policial. Segundo Verônica, não houve uso de drogas e a agressão foi motivada por acreditar ter sido "vítima de magia negra" da senhora.

Verônica diz que foi agredida ao tentar tirar as algemas 78º DP (Jardins) e novamente no 2º DP do Bom Retiro, quando foi colocada na cela com outros 11 presos homens. Ela mordeu e arrancou um pedaço da orelha do carcereiro depois que ele mandou os presos se retirarem e ficou só com ela. "Agredida com chutes, xingamentos e socos, entrou em luta corporal e arrancou parte da orelha. Foi neste momento que, segundo ela, foi levada ao pátio e sofreu agressões verbais e físicas continuadas, com chutos e socos.

"Teve um cabo de vassoura introduzido no ânus". As fotos que circulam na internet e que mostram Verônica de costas e com as calças rasgadas é sobre este momento. Ela foi ao hospital, onde houve maus-tratos e ficou "dois dias cega", devido às agressões.

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Os processos investigativos se instauraram depois que as imagens caíram na internet e mobilizaram a comunidade LGBT. A coordenadora de Políticas para a Diversidade Sexual Heloisa Alves compareceu nos dias 14 e 15. No dia 15, também recebeu visitas de diversos militantes e ativistas do movimento LGBT. Julian diz que ficou "comprovado pelo depoimento que houve abuso, maus-tratos, tortura de pessoa sob custódia do Estado".

Vale ressaltar que a unidade em que ela atualmente está tem capacidade para pouco mais de 600 e atualmente está com 1.400 presos. Verônica também não está utilizando de sua peruca, como "normas de segurança". Ela é representada pela defensora pública Juliana Berloque.

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