Os vereadores de Curitiba derrubaram, por 20 votos a 7, o veto do prefeito Beto Richa (PSDB-PR) ao projeto da vereadora Julieta Reis (PSB-PR), que institui o dia 17 de maio como Dia Municipal contra a Homofobia. O maior antagonista da polêmica que se formou em torno da nova lei é o vereador e pastor da Igreja Universal do Reino de Deus Valdemir Soares (PR-PR). O parlamentar citou diversos trechos da Bíblia para justificar seu posicionamento e declarou que periga a cidade ter sua imagem denegrida, caso o projeto seja aprovado. O vereador Custódio da Silva (sem partido) declarou-se a favor do veto no início da sessão: “Voto pela bíblia. Fornicação já é pecado, entre dois homens é um pecado ainda maior”, disse o parlamentar. Após a defesa da autora do projeto, Julieta Reis, o vereador mudou seu voto e declarou que “Deus me deu discernimento e não é o diabo que vai me fazer votar a favor da violência, por isso votarei contra o veto do prefeito”, finalizou. O Presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) Toni Reis comemorou. “Foi a vitória do bom senso, a Câmara dos Vereadores de Curitiba respeitou a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a constituição”. O próximo dia 17 de Maio em Curitiba, agora dia Municipal, será marcado com eventos que promoverão o combate à homofobia. O Grupo Dignidade preparará uma agenda específica que será divulgada ainda esta semana. Entre elas, atividades na Boca Maldita, Câmara dos Vereadores e Assembléia Legislativa do Paraná.
