A governadora de Nova York, Kathy Hochul, vetou um projeto de lei que visava proteger os usuários de aplicativos de compartilhamento de dinheiro, mesmo após a ocorrência de assassinatos e roubos de alto perfil envolvendo homens gays. O projeto, intitulado Financial App Security Act, foi introduzido pelo senador estadual Brad Hoylman-Sigal, e tinha como objetivo exigir que plataformas de banco móvel como CashApp, Venmo e Zelle implementassem medidas de segurança adicionais, como a exigência de um número de identificação pessoal (PIN) para transações que superassem um limite estabelecido pelo usuário ou para pagamentos feitos a contas novas com menos de 24 horas de criação.
Esse projeto foi uma resposta direta a casos trágicos, como os assassinatos de Julio Ramirez e John Umberger, dois homens gays que foram drogados e roubados em boates LGBTQ+ na cidade de Nova York. As famílias das vítimas relataram que milhares de dólares foram retirados de suas contas bancárias. Apesar das evidências que mostravam a necessidade de maior proteção, Hochul justificou seu veto afirmando que as exigências do projeto eram excessivamente onerosas e que já existem regulamentos adequados para a segurança bancária.
A decisão da governadora gerou críticas, especialmente de Hoylman-Sigal, que expressou sua perplexidade com a visão de que medidas de segurança sensatas eram consideradas um fardo, quando instituições financeiras já as adotam. Ele destacou que a veto da governadora representa uma falha em proteger comunidades vulneráveis, que frequentemente se tornam alvo de crimes violentos.
Enquanto isso, a situação continua a preocupar a comunidade LGBTQ+, que já se sentiu ameaçada por um padrão crescente de crimes violentos. Os cidadãos esperam que Nova York possa liderar o caminho na implementação de legislações que garantam a segurança de todos, especialmente daqueles que pertencem a grupos marginalizados.
