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Vigias da CPTM são acusados de espancar jovens gays em SP

Um rapaz de 25 anos afirma ter apanhado de seguranças da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos na noite de domingo (20/04) na plataforma e dentro de uma sala da estação de trem Francisco Morato. As informações são do jornal Diário de São Paulo.

O rapaz Adriano de Lucena Pereira afirmou que os seguranças o agrediram após ele ter ido tomar satisfações ao ouvir um comentário homofóbico feito por um deles. No momento da agressão Adriano estava acompanhado de mais seis amigos.

De acordo com o jovem, “tudo começou quando um amigo bem afeminado passou pela catraca. Aí, ouvimos um segurança dizer ao outro: ‘Por falar em veado, olha um monte deles chegando.’ Eu quis saber o motivo da ofensa e ele me deu um soco na cara, meus amigos tentaram separar e um deles ainda levou um murro na boca.”

O cabeleireiro José Paulo dos Santos Oliveira, amigo de Adriano, contou ainda que um dos vigias afirmava ser skinhead. “Ele falava que era careca e tirava o boné da CPTM”. Parte das agressões foi captada pelas câmeras de vigilância do local. O material foi encaminhado para a Polícia Civil.

O grupo voltava da Parada Gay de Francisco Morato, que aconteceu no domingo. Adriano disse que foi levado para uma sala com aproximadamente cinco seguranças. “Eles me agrediram com chutes e socos. Pensei que fosse morrer”. Seus amigos ficaram do lado de fora. “Pela janela, a gente via ele apanhar e gritar”, lembra José Paulo.

Adriano e o amigo conseguiram saber o nome de dois vigias e registraram queixa na polícia. Os seguranças são contratados pela Power Segurança e prestam serviços à CPTM. A empresa afirmou que abrirá sindicância para investigar o que aconteceu e, durante o processo, afastará os vigilantes envolvidos dos seus postos de serviço na estação de Francisco Morato.

A assessoria de imprensa da CPTM também afirmou que a Companhia abriu sindicância interna para apurar o caso.

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