Atualizações sobre o Seminário de Lésbicas e Mulheres Bissexuais.
De hoje (8) a 11 de maio, cerca de 100 lésbicas e mulheres bissexuais participam do VII SENALE – Seminário Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais, na cidade de Porto Velho, Rondônia.
Cerca de 60 mulheres já estão reunidas em plenária de abertura, à qual devem juntar-se mais cerca de 40 companheiras, vindas de todas as regiões do país.
O SENALE é o espaço máximo de discussão das pautas das lésbicas e mulheres bissexuais em busca da construção e efetivação de políticas públicas e cidadania plena das lésbicas e mulheres bissexuais.
História do SENALE
Em função das profundas dificuldades que marcaram a organização do VII SENALE, que resultaram em um dia de atraso no início da programação e muito estresse para algumas das participantes que conseguiram chegar a Porto Velho até o dia 7 de maio, a Plenária de Abertura foi um momento importante para compartilhar as expectativas, entendimentos e acertar os acordos para a condução dos próximos quatro dias de trabalho.
Do limão, a limonada
Todos os problemas com a logística desse SENALE resultam numa sutil mudança no perfil das presentes, com grande presença de ativistas vindas do Nordeste, com destaque para a comitiva de Pernambuco, com 20 integrantes, mais duas por chegar. Além disso, cerca de metade das lésbicas e mulheres bissexuais presentes está participando do SENALE pela primeira vez. Tudo isso contribui para uma maior presença de jovens e novas lideranças, transformando este num momento de formação política e oxigenação do movimento de lésbicas.
Com o objetivo de equalizar o conhecimento de todas sobre a história dos SENALES Rosângela Castro, ativista lésbica carioca, integrante do grupo Felipa de Souza e uma das organizadoras do I SENALE, realizado no Rio de Janeiro em 1996, faz neste momento um breve relato de como esse espaço vem sendo construído nos últimos 15 anos.
2º dia
O segundo dia de trabalhos do VII SENALE começou com a revisão do pacto de solidariedade lésbico-feminista, construído em 11 de maio de 2009, durante o Seminário de Diversidade de Sujeitxs do SUS, em Brasília. Este pacto surgiu em uma reunião das representantes de redes de lésbicas presentes naquele seminário, interessadas em dar seguimento e realizar o VII SENALE, que já levava um ano de atraso naquela ocasião. Para saber mais sobre este processo, clique aqui.
Goretti Gomes, Alessandra Guerra, Maria Fátima e Silvana conti, que estiveram presentes à reunião de Brasília, apresentaram às demais quais as ideias principais do pacto, por que ele surgiu e como este acordo tem sido implementado nos seus respectivos estados: Rio Grande do Norte, Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Este foi também o momento de entendermos melhor as dificuldades na realização deste VII SENALE: por que precisou ser adiado duas vezes, a dificuldade na liberação dos recursos e, por último, as falhas e os sucessos neste processo. Esta sessão extrapolou o horário previsto para o término e tomou todo o período da manhã. Ainda assim, as ativistas consideram que foi um momento valioso para compartilhar ideias, emoções e impressões sobre o pacto lésbico feminista, o processo de construção do VII SENALE e afinar as energias para o trabalho dos próximos dias.