No dia 6 de outubro de 2019, em Paris, uma brutal agressão revelou a face do extremismo que se opõe aos direitos das pessoas LGBTI+. Durante uma manifestação contra a Procriação Medicamente Assistida (PMA) para todas as mulheres, promovida por grupos como a “Manif pour Tous”, fui atacada por um segurança neonazista. Este grupo, que surgiu em resposta ao debate sobre o casamento igualitário em França em 2012, se organizou de maneira estruturada, utilizando mobilizações e recursos significativos para promover a discriminação. A contramanifestação na qual participei foi cercada por uma ação policial desproporcional, que intimidou todos os presentes. Essa experiência não é isolada; reflete um padrão crescente de violência e discursos de ódio direcionados à comunidade LGBTI+, que se intensificam em várias partes do mundo. A lista de pessoas que grupos como Habeas Corpus chamam de ‘terroristas LGBTIQ+’ é um exemplo alarmante dessa incitação ao ódio, que busca silenciar e marginalizar ainda mais indivíduos que já enfrentam discriminação. A luta pelos direitos LGBTI+ continua, e é essencial que a sociedade se una contra essas formas de violência e opressão. Precisamos de um espaço seguro e acolhedor para todos, onde a diversidade seja celebrada e não utilizada como justificativa para a agressão. Assim, devemos estar atentos e agir, garantindo que a voz da comunidade LGBTI+ seja ouvida e respeitada, promovendo um futuro onde os direitos humanos sejam universais e inalienáveis para todos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
