“Vogue”, o clássico hit de Madonna, completa exatos 30 anos nesta sexta-feira (27).
Esta que é uma das músicas mais icônicas da Rainha do Pop foi composta e produzida por ela em parceria com Shep Pettibone, com quem Madonna já havia trabalhado nos discos Like a Prayer (1989) e True Blue (1986), e dois anos depois, produziu o disco Erotica.
A música se inspira na dança de mesmo nome que os LGBT negros e latinos do bairro periférico do Harlem, de Nova York, dançavam em bailes entre o fim dos anos 1980 e início da década seguinte. Inclusive, foi nesse meio que Madonna encontrou dançarinos para a acompanharem na Blond Ambition Tour, a turnê de 1990 que serviu para divulgar os discos Like a Prayer, I’m Breathless (trilha sonora que a cantora fez para o filme Dick Tracy, daquele mesmo ano) e, é claro, “Vogue”. Você se lembra daquele sutiã cônico que ela usava? Pois bem: ele é desta época da carreira da diva.
O elegante videoclipe em preto e branco foi dirigido por David Fincher, que anos depois tornou-se um diretor respeitado por filmes como A Rede Social (2010) e Clube da Luta (1999). O vídeo gerou controvérsia – falamos de Madonna, afinal – porque a cantora aparece nele usando uma blusa transparente que deixava seus mamilos à mostra. A MTV pediu para que a cena fosse cortada – mas a artista se recusou. Depois, “Vogue” foi exibido exaustivamente pela emissora devido a seu imenso sucesso.
A música ajudou Madonna a se consolidar como uma figura querida pela comunidade LGBT, um ícone cultural e uma artista respeitada pela crítica – que recebeu “Vogue” com elogios rasgados. Naquela ocasião, a música quebrava recordes de outros nomes da música e da própria Madonna, tornando-se a mais tocada em mais de 30 países. O single foi comercializado em CD, disco de vinil e fita cassete, vendendo mais de seis milhões de cópias; ele aparece também no disco da trilha sonora de Dick Tracy e na coletânea The Immaculate Collection.
Um mês após o encerramento da Blond Ambition, Madonna e seus dançarinos se reuniram para uma histórica performance de “Vogue” no MTV Video Music Awards. A estética escolhida remete ao filme Ligações Perigosas (1988), cuja história se ambienta na França do século 18, e ao Palácio de Versalhes nos tempos em que Maria Antonieta era rainha. Foi um escândalo, porque a coreografia continha simulação de sexo e até uso de cocaína.
A faixa tornou-se frequente nos shows da Rainha. Das 11 turnês que ela fez até hoje, “Vogue” integra a setlist de seis, sendo a mais recente a Madame X Tour. E, é claro, a música sempre é um dos ápices das apresentações.
Vida longa à Rainha!
