A votação que escolheria o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos na quarta-feira (4) foi palco de uma manobra orquestrada com líderes dos partidos e a bancada evangélica.
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Momentos antes de dar início à sessão, por exemplo, a composição do colegiado foi modificada. E parlamentares que poderiam votar contra os interesses da bancada, bem como Jean Wyllys (PSOL-RJ), foram afastados.
O PTB, que cedeu anteriormente uma vaga a Jean, indicou outro deputado, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), que é representante da Assembleia de Deus do Rio Grande do Sul.
Além disso, o deputado Sóstenes Cavalcanti (PSD-RJ), da Assembleia de Deus de Jacarepaguá e que é aliado de Silas Malafaia e que recebe o apoio de Marco Feliciano, tentou uma candidatura avulsa para concorrer à presidência da Comissão ao lado de Paulo Pimenta (PT-RS).
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A sessão foi marcada por discussões e, diante da falta de consenso na candidatura de Sóstenes, foi agenda uma nova para a quarta-feira (11). "Não entendo o porquê de tanto preconceito com minha candidatura. Eles poderiam perder e preferiram fazer essa manobra de suspender a sessão. Não fui comunicado que não poderia ser candidato. Recuar agora seria ridículo".
Para Jean Wyllys tudo não passa de outro tipo de manobra: para desviar a atenção da citação de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, na operação Lava-Jato. "Eles estão querendo criar um fato novo para desviar a atenção".
Veja o comentário de Jean Wyllys: