Parece que a imunidade parlamentar do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), tão utilizada para promover a homofobia, desta vez não funcionou. O político foi condenado em primeira instância a indenizar a colega Maria do Rosário (PT-RS) após as ofensas de cunho machista.
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Em dezembro de 2014, Bolsonaro declarou no plenário que não estupraria Maria do Rosário só porque ela "não merece". Depois, em matéria do jornal Zero Hora, afirmou que não a estupraria porque ela é "muito ruim, muito feia, não faz o gênero".
As declarações foram encaradas como naturalização do estupro – como se alguma mulher merecesse ser estuprada e isso pudesse ser bom – além do machismo em desqualificar a deputada, que é mulher, por meio deste discurso em plenário.
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Para se defender, o deputado tentou mencionou a imunidade parlamentar e disse que não causou danos "indenizáveis". Não adiantou. Pelas frases, Bolsonaro foi condenado pela juíza Tatiana Dias da Silva, da 18ª Vara Cível de Brasília, a pagar a indenização de R$ 10 mil por danos morais.
Ele ainda pode recorrer.
