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Whitney, a maldição de ser uma Diva

O conceito diva sempre está ligado a mulheres do mainstream, seja no mundo da música, moda ou cinema. São elas que vestem os vestidos dos principais estilistas, reinam nos tapetes vermelhos e são adoradas pelos olhos dos, digamos, meros mortais. Pode-se afirmar, com certeza, que Whitney Houston foi uma das maiores divas do final dos anos 80 e década de 90. Porém, ela sucumbiu a relações amorosas destrutivas e vícios controversos… Vamos por partes.

Whitney Elizabeth Houston, nascida em Newark, no Estado de Nova Jérsei, no dia 9 de agosto no ano de 1963. Desde criança a música teria presença constante em sua vida, pois a mãe Cissy Houston, a prima Dionne Warwick e a madrinha Aretha Franklin eram renomadas cantoras e divas da soul music dos anos 60/70. Portanto, é notório que a veia musical estaria em Whitney. Bastaria apenas um começo para tal, e assim foi aos 11 anos.

Nessa idade, a ex-diva começava a dar os primeiros passos como cantora de coro gospel de uma igreja batista de Newark. Já iniciada no ramo musical, acompanhava Cissy em alguns concertos e, aos 16 anos, gravaria ao lado de sua mãe uma participação no disco "Think it over". Apresentada à indústria fonográfica, começou a trabalhar como backing vocal para inúmeros artistas. O primeiro passo importante em sua carreira musical, ainda nos anos 70, seria um dueto gravado com o cantor Michael Zager no single "Life’s a party". Daí para o primeiro disco solo, não demoraria muito. Mas, não seria apenas a sua voz que chamaria a atenção, a beleza também.

No começo dos anos 80 ela brilharia com modelo, participaria de vários desfiles e revistas, chegando a ser capa da revista Seventeen, uma espécie de capricho dos EUA. Da mesma maneira como ocorreu com outras cantoras, Houston foi vista por uma olheira, da gravadora Arista, cantando em uma boate de Nova York, esta convenceu o produtor Clive Davis a ir assisti-la. Resultado do encontro: Davis ofereceu um contrato a Whitney Houston e em 1985 sairia o seu primeiro disco. Não foi um grande sucesso, mas esteve em várias paradas de R&B.

A trajetória de recordes e prêmios começaria com o segundo disco, também intitulado como Whitney Houston. A cantora seria a primeira voz feminina a estrear em primeiro lugar no ranking Hot Album 200, venderia 9 milhões de cópias e o single "I wanna dance with somebody (Who loves me)" lhe renderia um grammy. Em 1990, ela retornaria com o álbum "I wanna be your tonight" e, de cara, os fãs exibiram uma relação fria com este álbum, mesmo assim, ele vendeu dez milhões de cópias.  Dois anos depois, a ascensão…

Em 1992, Whitney decide se jogar na sétima arte e estrela o filme "O guarda-costas", ao lado do galã Kevin Costner. Sucesso absoluto no mundo inteiro. A canção tema do longa, "I Will always Love you", virou um clássico. Ficou 14 semanas em primeiro lugar, recorde absoluto que seria quebrado anos depois por Mariah Carey. Whitney Houston era a diva e reinava belíssima e assim continuou. A estrela participaria de mais dois filmes ("Waiting to exhale", "The Preachers Wife") e das trilhas sonoras dos respectivos longas. Voltaria aos estúdios apenas em 1998, quando lançou o disco "My love is your Love", considerado pela crítica especializada e fãs o seu melhor trabalho. Destaque para a música "It’s not right But it is Okay", pois se você já saia à noite na época, com certeza bateu cabelo com essa música nas pistas das boates GLS.

Porém, todo império rui e, com Whitney Houston, não foi diferente. No ano de 2000, começam a surgir boatos de que ela estaria envolvia com o vício de heroína e crack. As brigas e desentendimentos com o seu companheiro da época, Bobby Brown, seriam constantes e muitos o acusam de ter sido a pessoa que iniciou Houston no vício. A diva ainda lançou mais alguns discos, dois com inéditas e um natalino com covers, ignorados pela mídia. A vida da diva afundava e os fatos comprovavam os boatos. Fotos da cantora não deixavam mentir: magra, descabelada, com cicatrizes pelo rosto, caminhava pelos becos acompanhada de viciados. Fotos de sua casa eram divulgadas na imprensa por parentes como forma de mostrar o que se passava com ela. Imagens que chocaram o mundo… Whitney Houston submergiu e nunca mais retornou.

Em 2005, Whitney assumiria todos os vícios e anunciaria uma internação para se limpar. No ano seguinte, depois uma longa briga judicial, ela se divorciaria de Bobby Brown, porém um retorno musical ainda não havia sido anunciado. Tal fato, o retorno, ocorreu somente este ano. Em abril, foi divulgado um single onde ela canta ao lado do rapper Akon. Porém tudo muito tímido em se tratando de uma diva.

A história de Whitney é muito sintomática, principalmente nos dias de hoje, quando o mundo assiste outra diva seguir o mesmo trajeto e, neste caso, muito parecido. Sim, é da Amy Winehouse que estamos falamos. Os sintomas mostram isso: companheiro perturbador e acusado de iniciar Amy no vício do uso de crack e heroína, os eternos escândalos e as brigas judiciais começam a dar as caras. Tais dramas parecem estar ligados ao conceito de DIVA. Vejamos outros nomes que passaram por turbulências parecidas onde algumas sucumbiram e outras retornaram: Janis Joplin, Aretha Franklin, Edith Piaf, Elis Regina… Seria a palavra diva, maldição?

E para matar saudades, você confere na sequência o vídeo de "It’s not right But its Okay"

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