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“Zanele Muholi: A Revolução Visual da Identidade Queer e a Nova Narrativa da Diversidade no Brasil”

"Zanele Muholi: A Revolução Visual da Identidade Queer e a Nova Narrativa da Diversidade no Brasil"
"Zanele Muholi: A Revolução Visual da Identidade Queer e a Nova Narrativa da Diversidade no Brasil"

Zanele Muholi, uma renomada fotógrafa e ativista da comunidade queer na África do Sul, inaugura sua primeira exposição individual no Brasil, no Instituto Moreira Salles, em São Paulo. Com uma carreira que abrange mais de 20 anos, Muholi se destaca por retratar a comunidade LGBTQIA+ de forma autêntica e empoderadora. “Não é preciso se ajustar a nada”, afirma, enfatizando a importância da auto-representação e da liberdade de expressão nas suas obras.

A mostra apresenta uma seleção de suas fotografias mais icônicas, incluindo a famosa série “Faces & Phases”, que agora ganha novas adições com retratos de brasileiros. Durante sua estadia no Brasil desde novembro, Muholi lançou um edital para que membros da comunidade trans se candidatem a serem fotografados. A maioria das respostas veio de homens trans, refletindo a diversidade e a complexidade da identidade de gênero.

A trajetória de Muholi é marcada pelo seu compromisso em dar visibilidade a grupos marginalizados, como a comunidade lésbica, que historicamente foi invisibilizada na África. Hoje, identificando-se como pessoa trans não binária, ela continua a desafiar os estereótipos de beleza impostos pela cultura ocidental, propondo novas narrativas e representações. “A beleza será definida por nós”, afirma, questionando os padrões tradicionais de estética que muitas vezes excluem vozes diversas.

Entre os novos retratos está o de um jovem negro com dreads, vestindo uma camiseta que diz “pesadelo do homem branco”. Essa escolha reflete a luta pela autoafirmação e a representação autêntica da identidade negra e queer. O curador da exposição, Thyago Nogueira, destaca que Muholi não apenas documenta, mas também reimagina a história da arte, introduzindo novas narrativas que desafiam o colonialismo e a exclusão.

Além de suas fotografias, a artista apresenta novos autorretratos na série “Somnyama Ngonyama”, onde explora sua própria imagem para investigar os estereótipos físicos criados pela fotografia ocidental. Cada imagem é uma afirmação de identidade e resistência, simbolizando a luta por reconhecimento e dignidade.

A exposição “Zanele Muholi: Beleza Valente” ficará em cartaz até 22 de junho, oferecendo ao público uma oportunidade única de se conectar com a arte e as histórias de pessoas que, assim como Muholi, reivindicam seu espaço e voz na sociedade. A entrada é gratuita, e a classificação é livre, tornando essa experiência acessível a todos que desejam explorar a rica tapeçaria da diversidade humana.

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