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O que dizia Eduardo Campos sobre o grupo LGBT; político morreu em acidente de avião

Morreu nesta quarta-feira (13) o candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos, aos 49 anos, vítima de um acidente aéreo. O avião em que estava o candidato caiu em Santos, no litoral de São Paulo e matou todos os sete passageiros.

Militantes LGBT, eleitores e grupos, como o Dignidade, de Curitiba, lamentaram a morte do político, que se manifestava a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo e outros direitos da diversidade.

Em recentes entrevistas ao G1 e UOL, Eduardo reiterou o seu apoio ao grupo LGBT, mesmo com apoiadores conservadores. (O casamento gay) é um direito já conferido pela Suprema Corte do país e nós não podemos efetivamente, por um dever de cumprir a Constituição Federal, discriminar as pessoas por orientação sexual. Não podemos ter esse tipo de discriminação".

Na entrevista, ele afirmou que casais gays podem, assim como casais héteros, adotar mediante a avaliação de especialistas. "É um assunto que não deve ser visto na base do 'eu acho' ou da opinião preconceituosa. Quando se trata da vida de uma criança que não pode ser criada pela sua família já estamos tratando de uma circunstância bem especial. Então, se ela vai para outra família, seja ela homoafetiva ou não, é preciso de uma análise complexa e multidisciplinar".

Além da adoção por gays, Eduardo defendia a adoção por qualquer pessoa que seja capaz. "O importante é que a criança vá para um lugar onde ela seja amada, cuidada e respeitada. Ela pode ser entregue a uma mulher que não tem marido, ou um homem que não tenha mulher, e ser criada com a maior decência, com o maior respeito, e com muito amor, que é o importante para criar uma pessoa".

Já sobre casais gays terem filhos por meio da inseminação artificial, Eduardo também se mostrou favorável e defendeu ser um direito.

"Eu acho que é um direito que o cidadão tem. Eu acho que é possível. E acho que esses temas não são temas de Estado, são temas das pessoas, da liberdade, dos direitos humanos. E acho que não são temas… Às vezes, eles ganham relevo nas eleições para tentar dividir as pessoas por questões religiosas e eu acho isso uma coisa muito ultrapassada".

O grupo Dignidade emitiu uma nota de pesar sobre a morte, em que dizia que Campos foi um dos aliados LGBT. "Durante a gestão de Campos, Pernambuco foi um dos estados que mais avançou nas políticas públicas afirmativas para lésbicas, gays, bissexuais e trans".

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