Nada traduz tão bem o espírito da alegria e da diversidade de um sábado em São Paulo que uma tarde na Praça Benedito Calixto, localizada no trecho entre as ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, na altura da Rua Lisboa. Desde 1987, a praça ocupa uma quadra, entre ruas apertadas, que na tarde de sábado mais parece um calçadão. Por sinal, seria melhor se a CET fechasse a rua e as pessoas pudessem circular com a tranqüilidade que uma bela tarde de sol pede. Fica aqui a dica. Voltando a praça, aos sábados rola no espaço uma animadíssima feira de artesanato e antiguidades. Só de barraquinhas são mais de 300 que vendem de tudo: é possível encontrar ótimos objetos pessoais, CDs e itens para decoração. Também rola uma feira de comida com diversas cozinhas, que vão desde um acarajé ao bom e velho pastel, passando por variadas massas e doces espetaculosos. Além da feirinha, o mercado ao redor da praça cresceu e ganhou um ar jovem, moderno, com lojas de decoração bacanas e restaurantes. A praça transformou-se em ponto de encontro de um público jovem e descontraído. E, é claro, que os gays têm uma boa parcela no bu-zu-zu que rola na praça, mais precisamente em frente ao bar São Benedito e o restaurante Consulado Mineiro. Por ali, circulam modernos, gays, lésbicas, pais de família com os filhos, grupos de senhoras, curiosos, roqueiros, góticos, bandinhas, malabaristas, estátuas vivas, engolidores de espadas, ui! Só faltou a monga. Medu! Tem gente que vai à praça para fazer compras, outras só dar uma volta, encontrar a tchurma, saber o que vai rolar à noite ou ver e ser visto. Uma coisa vitrine mesmo. Então já sabe. Dez sol?! É certo, vai rolar muita cerveja, paquera, flertadas e blá blá blá!!! O vaivém é incessante. O legal é pegar uma mesa na calçada de restaurantes como o Consulado Mineiro, que serve cerveja gelada, comida mineira e porções fartas. A de torresmo é tradicional e um absurdo! Te vejo lá no sábado
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