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A triste volta e suas escolhas

Estou há quase um mês sem postar, por ene fatores, mas um deles é que neste espaço gosto de publicar pensamentos mais elaborados do que um blog rápido. Para esta demanda acabo sempre usando meu outro blog, que cumpre o papel de ser noticioso. E hoje acordei tão feliz, de bem com a vida e tinha pelo menos três bons assuntos para tratar aqui – entre eles a crise financeira. Mas toda essa inspiração foi sucumbida por uma triste notícia: a morte de uma pessoa muito especial.

Todas as pessoas que passam pela minha vida se tornam especiais pra mim, sejam elas amigos ou amores e ele foi um dos amores que tive na minha adolescência e depois do término passei a alimentar – e era mútuo – um carinho especial de amigo. Eu tinha 17 e ele 18, praticamente meu primeiro namorado.

Foi namorando com ele que resolvi assumir de uma vez por todas que era gay e que meus pais não tinham direito sobre isso, foi namorado com ele que fiz viagens e aventuras meio que fugido de casa, foi namorando com ele que comecei a frequentar a noite de quinta à domingo, foi namorando com ele que aprendi muito sobre relacionamentos.

E antes que pareça que estou revivendo o passado, hoje namoro e sou extremamente feliz, mas ele foi importante pra mim e merece todo o carinho que tenho por ele. Não é porque terminamos um namoro que a relação tem que acabar, mantivemos nesses anos todos uma relação não muito próxima, mas de admiração, de respeito. Um carinho que se tem por poucos amigos…

Mas ele fez a escolha dele. Escolheu não me contar o que estava acontecendo, escolheu se distanciar das pessoas queridas e familiares, escolheu que não queria mais viver da maneira que, por casualidade da vida, foi imposta. Ele escolheu que não submeteria-se a um tratamento simples, mas vital. Ele escolheu que seria dessa maneira e assim foi. Tudo são escolhas e temos que respeitar!

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