A Tailândia é conhecida pela imagem de tolerância à diversidade sexual e o local com os melhores resultados da cirurgia de redesignação sexual, a mudança de sexo. Porém, conforme informou a agência EFE, a realidade é bem diferente para os LGBT tailandeses.
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O ativista Pathompong Serkpookiaw afirmou que, embora a Tailândia seja vista como um lugar acolhedor para os turistas homossexuais e transgêneros, as leis não são igualitárias.
"Por norma geral, a sociedade tailandesa e os pais não aceitam a homossexualidade de seus filhos e, em alguns casos, os expulsam de casa", afirma, salientando que mais da metade dos estudantes LGBT sofreram assédio físico ou verbal por parte de outros colegas.
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Segundo o primeiro estudo sobre LGBT na Tailândia, feito pela Universidade de Mahidol, 23% das pessoas que sofreram assédio em razão de sua orientação sexual foram tratados por depressão e quase 7% das vítimas tentaram cometer suicídio.
Dentre as repressões aos LGBT, está as regras do sistema educacional tailandês, que obriga jovens a cortar o cabelo e a usar uniformes de acordo com o genital de nascimento. "Quem não segue às regras é rapidamente assinalado e castigado em consequência. Por exemplo, os transexuais na universidade, apesar de já terem mudado de sexo, devem vestir uniformes segundo o sexo de nascimento".
Nongni Sansirikit, porta-voz da Associação de Transexuais na Tailândia, afirma que o grupo carrega uma cruz como "pessoas ruins". "Nos livros usados nos colégios, aparecemos como pessoas 'das quais se deve permanecer afastados. Muitas já foram agredidas na escola ou em casa. Conheço até casos de estupro".
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Ela afirma que mesmo as obras de ficção incluem personagens homossexuais e trans como agressivos e vilões.
Associações de direitos ao coletivo LGBT querem pedem maior aceitabilidade e direitos assegurados pelo local. Dentre as recentes propostas está o pedido ao reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas até o momento não há nenhuma perspectiva de mudanças.
