À Justiça, o jovem que ameaçou nas redes sociais atacar as pessoas que participassem da Parada LGBT de 2017, disse, em depoimento no tribunal, que fez aquilo para impressionar seus amigos. Ethan Stables, de 20 anos, teria juntado uma espécie de facão utilizada por agricultores, facas, um machado, um rifle e munição com a intenção de atacar o bar New Empire, em Cumbria, no norte da Inglatterra segundo acusa a promotoria. O réu teria publicado uma mensagem em um grupo de Facebook com simpatizantes do nazismo, onde anunciava que pretendia atacar os participantes da Parada LGBT. Entretanto, seus planos foram frustrados após uma mulher de Staffordshire denunciá-lo à polícia e publicar um alerta no Twitter. Stables foi preso por volta das 22h – horário local – próximo ao bar, na noite da Parada, no dia 23 de junho de 2017. Para os jurados, na noite em que foi preso nos arredores do pub, Stables estava analisando o lugar, antes de retornar naquela mesma noite para executar seu plano. O júri leu ainda uma série de mensagens publicados pelo acusado em seu perfil na rede social, onde o mesmo dizia: “Eu vou à guerra esta noite”. Ainda segundo a corte, o réu improvisou materiais para fazer uma espécie de explosivo, que seria utilizado no ataque. Stables negou que tenha preparado um ato terrorista e tentativa de assassinato, e refutou, ainda, que seja homofóbico. Ele continuou alegando que fez aquilo para impressionar os amigos e finalizou afirmando que “na realidade, eu sou bissexual”. Questionado pela Corte se já manteve relações sexuais com uma pessoa do mesmo sexo, Stables respondeu que “sim”. O promotor Jonathan Sandiford alegou à corte que a pretensa bissexualidade do réu não havia sido mencionada até então. Stables, por sua vez, disse que não havia revelado ser bissexual até o momento por temer a reação dos seus familiares. Sandiford classificou a tentativa do jovem de impressionar seus amigos, ameaçando atentar contra vida de outrem, como “absurda”. Anteriormente, o promotor havia descrito o acusado como um “supremacista branco e nazista, defensor de Adolf Hitler”. À Corte, Sandifor disse: “Entre 2016 e sua prisão em 2017, ele estava planejando um ataque terrorista direcionado aos membros daquele grupo, mas, principalmente, ele queria atingir gays e lésbicas”. Para a Promotoria, Stables ficou enfurecido quando ficou sabendo do ato em comemoração à Parada do Orgulho LGBT no pub. “O propósito dele era preparar um ataque homicida direcionado aos membros daquela comunidade (LGBT), especialmente pessoas homossexuais”, disse Sandiford. O advogado do réu, Patrick Upward QC, negou que seu cliente seja um supremacista branco, como alegou a promotoria, mas mais um “fantasista branco”. A defesa concorda que o material apresentado pela promotoria compreende uma “série de postagens horríveis, nocivas e vil”. Por fim, Upward alegou que seu cliente lida, há muito tempo, com a síndrome de Asperge. O julgamento terá continuidade nos próximos dias. Com informações do site Pink News