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Aluna trans da Unicamp se mobiliza após ler em banheiro feminino: “Vamos cortar a sua p…”

Todos sabem que a transfobia atrapalha a inserção de travestis e transexuais na universidade e no mercado de trabalho. E o simples fato de ir ao banheiro ainda hoje pode se tornar um grande complicador e o motivo para a evasão universitária.

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A estudante Amara Moira, doutoranda em Teoria Literária pela Unicamp, em Campinas, interior de São Paulo, contou publicou em seu Facebook as ameaças e constrangimentos que vem sofrendo por mensagens no banheiro.

"Vamos cortar a sua pica", "Ser mulher não é calçar os nossos sapatos" e "Não deixe que os machos invadam seus espaços", são algumas das mensagens que ela leu nas paredes do banheiro e que aparecem com um símbolo feminista.

Amara afirma que, ao lado de Bia Pagliarini e de Jéssica Milaré, fez uma denúncia para a Diretoria Acadêmia e que irá solicitar que a Unicamp faça capacitações e sensibilizações sobre as pessoas trans para funcionários e alunos. Ela alega que o tratamento destinado ao grupo é de "segunda classe". 

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A estudante lembra que a divisão por sexos no banheiro ocorreu para proteger mulheres da violência, mas que ela (a divisão) se naturalizou tanto ao ponto de as pessoas considerarem natural o critério da genitália. "O lugar onde travestis e transexuais farão suas necessidades básicas não interessa às radicais feministas, nem o fato de, ao entrarmos nos banheiros masculinos, sermos ameaçadas, agredidas, assediadas", defendeu.

Outra denúncia da estudante é a dificuldade de ter o nome social utilizado, inclusive no RA – a carteirinha estudantil. "Expusemos numa reunião com a Diretoria Acadêmica todos os constrangimentos que sofremos com o nome social tal qual oferecido pela Unicamp. Só existem seis requisições de nome social na Unicamp. Seis dentre quase quarenta mil estudantes. Por ora somos seis, mas agora cansamos de esperar".

Veja uma das agressões: 


"Por ora somos seis, mas cansamos de esperar"

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