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Aos passionais

Não tenho faculdade para afirmar com ciência muitas das coisas que escrevo neste blog. Um blog é feito de impressões, achismos, crenças e opiniões. E tudo isso é igual bunda, cada um tem a sua.

E é por isso que blogueiro não é jornalista, mas um jornalista pode ser blogueiro. Aliás, escrever bem muita gente consegue, ter embasamento no que escreve é outra coisa completamente diferente.

As pessoas leêm blogs porque compartilham das opiniões ou discordam das mesmas e o que vou escrever aqui é mais um post baseado no meu ponto de vista, portanto, concordando ou discordando fico feliz que não somos iguais uns aos outros. É nisso que consiste o mundo: nas diferenças.

Sou passional. E tenho a plena convicção de que pessoas movidas por sentimentos sofrem muito mais do que as outras. Meio aquela coisa de “O que me alimenta me destrói”. Porque quem se alimenta de sentimento, quem ama verdadeiramente, quem saí do salto de vez em quando, quem se expõe demais, quem é sincero e dá a cara a tapa, corre o risco de levar um. E muitas vezes leva. Mas e daí? Ser autêntico tem um preço.

O problema é que, os passionais por natureza antes mesmo da mão atingir seu rosto, já perdoam àqueles que o agrediram. São bobões, amam incondionalmente na alegria e na tristeza, na riqueza e na riqueza e na coerência e discordância. Porque aceitar as pessoas como são também é coisa de gente piegas que é movido por aquele coisinha implicante que não nos deixa a gente em paz: o AMOR.

Amar é realmente um sentimento FDP não? Porque mesmo quando você acredita no seu ponto de vista, ele(o AMOR), não deixa o orgulho ser suficientemente maior que a convicção. O amor realmente transforma. Isso para quem ama, é claro. Resumindo, o amor é bundão. Mas ter razão não significa ter certeza.

Aliás em muitos relacionamentos, seja entre familiares, companheiras, amigos ou trabalho eu senti amor sozinha na certeza de que estava acompanhada.

Outra coisa que aprendi é que apesar de detestar conflitos, eles revelam lugares antes desconhecidos. Mostram o amor que as pessoas sentem (ou não) umas pelas outras e nas horas mais conflitantes é que enxergamos com clareza o quanto somos amados, o quanto pesa um relacionamento para um e para outro e descobrimos que a balança nem sempre está na mesma altura. Nos momentos de explosão é que descobrimos nosso valor. Mas dói demais quando descobrimos que não temos nenhum. Enfim, é um risco que corremos. Quem mandou ganhar a corrida do esperma?

Mesmo assim, EM NENHUM MOMENTO PENSARIA EM PERDER UM SÓ MINUTO DESTA CURTA ESTADIA QUE CONSISTE NO ESPAÇO DE TEMPO ENTRE O NASCIMENTO E A MORTE DEIXANDO DE AMAR À AQUELES QUE AMO. Mesmo sabendo que eles não me amam da mesma forma não vou corromper meus sentimentos. Quando a gente ama, não deixa de amar. Se um dia deixar de amar, é porque nunca amou.

VIVA A VIDA COMO SE FOSSE ETERNA MAS ACORDE TODOS OS DIAS IMAGINANDO SER O ÚLTIMO.

O ÚLTIMO DIA
(Ney Matogrosso)

“Meu amor, o que você faria
Se só lhe restasse um dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Ia manter sua agenda
De almoço, hora, apatia
Ou esperar os seus amigos
Na sua sala vazia
Meu amor, o que você faria
Se só lhe restasse esse dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Corria para um shopping center
Ou para uma academia
Pra se esquecer que não dá tempo
Pro tempo que já se perdia
Meu amor, o que você faria
Se só te restasse esse dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria
Andava pelado na chuva
Corria no meio da rua
Entrava de roupa no mar
Trepava sem camisinha
Meu amor, o que você faria
O que você faria
Abria a porta do hospício
Trancava a da delegacia
Dinamitava o meu carro
Parava o tráfego e ria
Meu amor, o que você faria
Se só te restasse esse dia
Se o mundo fosse acabar
Me diz o que você faria?”

A cegueira nossa de cada dia

Mulher indigesta