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Após agressão, alunos da UFMG organizam protestos contra a homofobia

Uma manifestação contra a homofobia será encabeçada na na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Organizado pelo Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (GUDDS) o protesto acontece após um aluno do curso de Artes Visuais ser vítima de agressão homofóbica na moradia do campus universitário. Com o nome "De olhos bem fechados – Homofobia: a violência que ninguém quer ver" o protesto acontecerá em três dias, em locais distintos da faculdade.

O primeiro ato será na segunda-feira (30/03) na praça de alimentação durante o bandejão. Na quarta- feira (01/04) será a vez da Praça de Serviços receber os protestos e por último, marcado para sexta-feira (03/04), o ato irá acontecer no Gramado da Reitoria. Em todos os dias a manifestação está marcada para acontecer das 11h às 13h.

Segundo manifesto divulgado pelo GUDDS os participantes que quiserem aderir poderão ficar vendados, assim eles acreditam que irão chamar a atenção para a invisibilidade frente aos casos de homofobia, não apenas na UFMG, mas na sociedade como um todo. Como parte do ato, os alunos que aderirem ao protesto usarão durante uma semana uma venda preta no braço.

Homofobia na UFMG

Na madrugada de sexta para sábado (14/03) o estudante Fernando e sua amiga Adriana chegavam da rua. Quando ambos estavam próximos a entrada do Moradia II, Fernando foi surpreendido pelas costas pelo aluno V. S. e agredido com um chute.

Ao conversar com a reportagem do A Capa o estudante de Artes Visuais contou que na primeira agressão correu para dentro da Moradia II. "Pensei que lá dentro estaria mais seguro por conta dos seguranças, mas eles não fizeram nada", relata. A sua amiga tentou defendê-lo, porém também foi agredida pelo garoto e pela namorada dele com chutes nas costas. "Se os seguranças tivessem intervido antes, ela não teria apanhado", cobra o estudante.

Fernando revela que durante a briga o agressor o chamava de "bichinha" e "viadinho". Segundo o rapaz, após a segurança do alojamento apartar a briga o agressor disse à sua namorada que já tinha conseguido o que queria. V. ainda proferiu ameaças e gritos de ódio como "nojo aos homossexuais". A vítima disse à reportagem que V. já demonstrava sinais de intolerância ao apelidar o quarto de Fernando de "gaiola das loucas" e declara que lá dentro "só há viados".

A reitoria logo se manifestou e na segunda-feira foi oficialilzada a expulsão do V.S do Moradia II, também será aberta uma sindicância para apurar se realmente houve homofobia na agressão do aluno e caso seja entendido que sim, punições ao aluno serão estudadas conforme estatuto da Universidade. A respeito dos seguranças, foi informado que todos que trabalham no Campus serão substituídos.

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