Com o objetivo de incentivar o turismo GLS no Brasil, a ABRAT-GLS (Associação Brasileira de Turismo GLS) lançou este mês o programa "Eu Amo Viajar 2010".
Por meio do programa, a associação pretende apresentar destinos ainda pouco explorados por gays e lésbicas e destacar os diferenciais desse segmento no país. Ainda neste primeiro semestre, a ABRAT realizará dois eventos: em Fraiburgo, no centro-oeste catarinense, acontecerá o 1º Encontro de Turismo GLS do Sul do Brasil, que contará com uma série de atividades especificamente desenhadas para o público GLS.
Em junho, durante a semana da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a ABRAT oferecerá pacotes especiais em hotéis da cidade. De acordo com Oswaldo Luiz, diretor de marketing da associação, o público-alvo do programa é o viajante "mais sofisticado". "Mesmo adorando ir para destinos como Rio de Janeiro e Florianópolis, no Carnaval, ou São Paulo durante a Parada, o cliente GLS busca outros destinos menos explorados como Serra Gaúcha, Rota das Emoções no Nordeste, Pantanal Sul, Amazônia, entre outros", observa o executivo.
Além do turista brasileiro, o intuito da ABRAT é investir no viajante estrangeiro, com foco nos principais mercados emissores para o Brasil que são Estados Unidos, Grã-Bretanha, África do Sul, Austrália, Canadá e alguns países da América Latina. Num primeiro momento, Santa Catarina e São Paulo serão os principais destinos contemplados no programa. "São estados onde os associados se mobilizaram primeiramente para participar do programa. Mas sem dúvida, o Rio de Janeiro, onde já estamos negociando um evento para outubro, e mais dois destinos no Nordeste e Norte do país também serão contemplados. Talvez consigamos incluir um evento no Centro-Oeste também", antecipa Oswaldo Luiz.
Turismo promissor
Segundo dados da própria ABRAT-GLS, o turismo GLS no Brasil movimenta hoje aproximadamente US$ 6,5 bilhões. Desse total, 70% vêm do turismo doméstico e 30% do turismo internacional.
"Esses números mostram que no Brasil ainda existe um grande potencial de crescimento, e que estamos apenas começando a tornar esse grupo financeiramente visível", acredita o diretor de marketing da associação.
Também segundo estimativas da ABRAT, enquanto no Brasil o número de turistas estrangeiros vem caindo ano a ano, especificamente no segmento GLS esse grupo só tem aumentado a sua participação. Redes hoteleiras e companhias aéreas continuam exercendo um papel fundamental no sentido de alavancar o turismo GLS no país.
"As principais empresas apoiadoras do turismo GLS são as grandes redes hoteleiras como Accor, Pestana, Othon, operadoras de turismo como a Gay Travel Brasil e TAM Viagens, alguns Conventions Bureau como os de Florianópolis e São Paulo, e centenas de pequenos e médios estabelecimentos como agências, hotéis, casas noturnas, saunas, teatros etc., que trabalham constantemente para consolidar esse mercado no Brasil", conclui Oswaldo Luiz.
