in

Ataques de homofobia em São Paulo fizeram mais uma vítima no último sábado, 10/2

Os ataques homofóbicos fizeram mais uma vítima no último sábado, 10/2, em São Paulo. A vítima desta vez foi o professor Alessandro Faria, 39 anos, atacado por três skinheads durante a madrugada na Rua da Consolação, entre as Alamedas Santos e Jaú. Ali, como é chamado pelos amigos, havia saído do bar gay Director’s Gourmet e seguia no sentido da Avenida Paulista com mais dois amigos quando ouviu um barulho de garrafas quebrando. “Reparei que do outro lado da rua havia um cara com uma garrafa e que ele iria jogá-la em nosso sentido. Fiquei observando a direção da garrafa e não reparei que havia outros três atrás de nós”, relata o jovem que, após esse momento, levou uma rasteira e foi brutalmente espancado no chão. Alessandro lembra que foi agredido por três deles. “Depois da rasteira, caí no chão e fui agredido com chutes e pontas-pé. Eles usavam roupas pretas, eram carecas e calçavam coturno”, descreve a vítima, que foi levada pelos amigos para o hospital. Ali teve os dentes e o maxilar quebrados. “Aquela região não era sua jurisdição” Na busca por ajuda, os companheiros de Alessandro se dirigiram a uma guarita da Polícia Militar, localizada no cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação. No entanto, para surpresa deles, foi negada a ajuda. “Informaram aos meus amigos que nada poderiam fazer. Responderam afirmando: ‘aquela região não era sua jurisdição’”. Na tarde desta quarta-feira, 14/2, Ali foi até a 4º DP para registrar boletim de ocorrência contra os agressores. Segundo o delegado de plantão, Oscar Ferraz, que ouviu a vítima nesta tarde, ele vai instaurar inquérito e investigar o caso. Com relação à negligência policial, ele não soube afirmar se realmente existe a divisão de jurisdição. “O inquérito será apurado e encaminharemos cópia das declarações para a Polícia Militar que conduzira investigação interna”, afirmou o delegado. Mudança “Espero que algo aconteça. Espero que não nos tornemos suscetíveis a este tipo de violência. Espero que, pelo menos, consiga unir e ter cada vez mais amigos para que assim possa andar em grupos sem medo de pegar um flyer, sem medo de ir ao cinema”, relatou Alessandro. Ainda sobre o caso, ele desabafa: “A culpa é do egoísmo humano. Dos que não se assumem e se sujeitam a isso. Na verdade ninguém quer assumir ‘porra’ nenhuma. Eles só fazem isso porque se assumem, assumem a sua violência e sua agressividade gratuita. Eu também quero assumir. Assumir a minha alegria de viver”. FOTO: Alessandro após ser atacado. A foto foi digitalmente alterada por ser chocante.

Ativistas do VII Encontro Lésbico Feminista classificam união homoafetiva como “farsa”

Prefeitura de Campinas irá distribuir 10 mil camisinhas na rodoviária da cidade