A bissexualidade feminina é uma orientação sexual distinta e não é “somente uma fase”, anunciou nesta terça-feira (15) a Associação Psiquiátrica Americana (APA).
Estudo feito com 79 mulheres bissexuais, lésbicas e outras que disseram não se encaixar em rótulos, com idades entre 18 e 25 anos, mostra que as bissexuais mantém um certo padrão de atração tanto por homens quanto por mulheres. O estudo também derruba o mito que mulheres bis são incapazes de assumir relações monogâmicas duradouras. Os resultados serão publicados na edição de janeiro da revista “Developmental Psychology”, da APA.
A psiquiatra Lisa Diamond, da Universidade de Utah, que conduziu as pesquisas, disse em release enviado à imprensa que o estudo é o primeiro do gênero a trazer informações relevantes e derrubar preconceitos. “Os achados demonstram considerável fluidez nas relações de lésbicas e mulheres bissexuais, e identidades, e contribuem com o entendimento dos pesquisadores acerca da complexidade do desenvolvimento sexual dessa minoria”, declarou.
No final do estudo, que levou 10 anos para ser concluído, a maioria das mulheres mantinha relacionamentos duradouros (com duração maior que um ano) e monogâmicos – 70% se identificaram como lésbicas, 89% como bissexuais, 85% disseram não se encaixar em rótulos, sendo que destas 67% se identificaram como heterossexuais.