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Blind date

É domingo à noite, você está sozinha em casa fazendo carinho na barriga do gato e o tédio está te consumindo. A solução: internet (orkut, leskut ou qualquer outro onde oportunidades não faltam).

Fuça aqui, bisbilhota ali, comunidade “L Word”, perfil da amiga da amiga e pronto! Lá está aquela que você procurava: foto linda, cabelo bonitão, roupas bacanas e, o melhor, várias comunidades que combinam com as suas. Troca um scrap, msn, liga a cam e por aí vai durante a semana…

O amor está no ar (a essa altura você nem pensa mais em seu gato, tadinho). Chegou sexta-feira e é um bom dia para um encontro. Convite feito e aceito, começa a ansiedade, mas ela não vem sozinha, colada nela temos a vergonha, a expectativa e até um certo medo, mas superamos isso e lá vamos nós.

Você a espera (ansiedade é uma merda, nos faz sair 3 dias antes de casa), o som do MP3 está rolando e depois de dez músicas ela aparece… O mundo para, ela vem andando devagar, o cabelo balançando, um corpo lindo e você com aquela cara de feliz da vida quando ela cada vez mais perto chega e rouba um beijo seu!

Cri… cri… cri…”Nãããããããããããããão!”

Ela abre muito a boca, baba, te morde na hora errada e o que você mais deseja é que aquilo que ela chama de beijo, termine. Mas a noite está só começando e nenhuma rota de fuga vem à mente.

Plano A – Desista do barzinho ou do cinema, escolha entre teatro (qualquer tipo de barulho quando começa a peça é totalmente condenado, aí não passa de mãos dadas ou abraço) ou balada (sim, balada, som alto + muita gente = perdido!).

Como é sempre bom:

Plano B – Pegue a boa moça pela mão e a leve para comer alguma coisa, em algum lugar bem cheio, onde você possa conhecer mais da metade de quem esta lá. Se for pizza, capriche no alho, se for comida árabe, peça muita cebola e se você estiver na Bahia, se jogue no dendê e reze para ele não cair bem e te dar um piriri daqueles!

Agora, se nada disso adiantar, fica a dica: tá no inferno, abrace o capeta!

Divã: O caso Uniban

Exes & Ohs