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Bolsonaro nega insultos a Jean Wyllys e se diz alvo de perseguição política

Ele disse que deputados o rotulam de mau caráter e reiterou ser candidato em 2018
 
 
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que responde a processo por quebra de decoro no Conselho de Ética, disse nesta quarta-feira que é alvo de perseguição política e que os mais de trinta processos a que já respondeu na Casa o rotularam como "mau caráter".

As declarações foram feitas durante sessão do Conselho que analisa o caso do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que cuspiu em Bolsonaro na sessão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 17 de abril deste ano. Wyllys alega que apenas reagiu aos insultos do parlamentar, que teria lhe chamado de "queima rosca", "bichinha" e "veadinho", entre outros xingamentos homofóbicos.

 
— Duvido que apareça qualquer fita dizendo que me dirigi ao Jean Wyllys falando algo além de 'tchau, querida'. É uma praxe atacar Jair Bolsonaro, afinal, estou no caderno de teses do PT. Está na cara que é perseguição política. Já respondi a uns 30 processos aqui, o suficiente para me rotular como mau caráter. Mas aquela tribuna da Câmara é meu tanque de guerra, minha arma são as palavras, minha bomba atômica é a verdade, e vocês não gostam disso — disse.
 
O deputado do PSC reforçou ainda que será candidato a presidente em 2018, "gostem ou não gostem", e disse que renunciará ao mandato caso alguém prove que ele insultou Jean Wyllys no plenário da Câmara.
 
 
— Eu sou candidato em 2018, gostem ou não gostem. Cassem o meu mandato, mas não fiquem me caluniando. Não menti e não o ofendi em absolutamente nada. Eu peço a renúncia do meu mandato caso apareça que eu chamei ele disso ou daquilo que estão falando por aí.
 
Bolsonaro responde a processo por ter elogiado o coronel torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais cruéis torturadores do regime militar. Ele é acusado de crime de apologia à tortura.
 
No segundo dia de Conselho para ouvir testemunhas sobre o caso envolvendo Wyllys e Bolsonaro, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) afirmou ter ouvido Bolsonaro xingar o deputado do PSOL de "bichinha", "queima rosca" e "franguinha", entre outros insultos. Ele afirmou que o ponto mais importante é que os deputados aprendam a respeitar o diferente:
 
— Muito tardiamente temos um representante declarado e assumido da comunidade LGBT, mas amanhã podemos ter um travesti que se eleja. Como vai ser a relação com ele? Acho que acima de tudo o que estamos debatendo são procedimentos de como vamos conviver com o diferente aqui — disse o petista, afirmando ter sido um "cuspe trocado":
 
— Ele cospe no deputado Jair Bolsonaro e é cuspido pelo filho, o deputado Eduardo Bolsonaro. É um cuspe trocado.
 
Já o ex-secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, deputado Ezequiel Teixeira (PTN-RJ) — exonerado do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao afirmar que acredita na cura gay e comparar a homossexualidade a doenças como Aids e câncer —, criticou o que chamou de "tentativa de vitimização" de Jean Wyllys.
 
— Só acho que ele (Wyllys) não deve se esconder embaixo de um homossexualismo ou outra coisa para se vitimizar — afirmou o pastor, deputado de primeiro mandato.
 
Fonte: O Globo
 

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