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Bullying: Não é chique, mas tá na moda

Devo confessar, tenho um hábito inveterado, ou um vício, simplesmente. Mas, como ouvi uma vez: "Uma mulher independente tem vícios". Adoro e não consigo parar de ver vídeos no YouTube. Se deixar, mona, não como, não bebo… Nem transo! (tá boa, né?). Mas posso garantir que passo horas diante do monitor. E a desgraça maior é que você clica para ver um vídeo e, ao lado, já aparecem tantos outros que são afins, criando assim o verdadeiro círculo vicioso.
 
Um dos vídeos que está bombando no YouTube é o do "Zangief Kid" (assista abaixo). Trata-se, na verdade, de Casey Heynes, um garoto de 15 anos vítima de bullying e que reage de forma inesperada aos ataques que sofre. Mas por que falar de bullying está tão na moda?
 
Permita-me, antes de tudo, salientar que ODEIO e não aprovo nenhum tipo de violência. Mas é quase impossível não assistir ao vídeo e não se sentir vingada. Acredito sim, que educação, conscientização e um diálogo aberto entre professores-alunos-pais seja a melhor solução, mas, depois de passar anos no ensino fundamental sendo chamado de bichinha, de Margarida (sim, este era o meu apelido na escola!) me senti com a alma lavada com essência de alfazema quando vi este loirinho arremessando o outro no estilo Zangief. Mona, olha que eu nem era tão fã de videogame, mas lembrei até a sequência dos botões para dar o golpe. Saudades que deu do meu Super Nintendo…
 
Esta doença, pois sou incapaz de classificar de outra forma – apesar do nome "todo trabalhado na tendência" -, acontece de maneira sórdida, muitas vezes camuflada e só pode ser coisa de gente que tem probleminha… Uma doença gerada e usualmente sustentada pelos próprios pais dos pequenos pimpolhos. Um mal que pode destruir psicologicamente uma pessoa e que pode acarretar em consequências dramáticas, como o próprio Casey confessa quando diz que já teve vontade de se suicidar. Infelizmente isso acontece, e muito, com adolescentes homossexuais. É por isso que bullying é assunto que, cada dia mais, ocupa as manchetes. Pra mim ele beira questões de saúde pública, por conta do aumento dos casos de pessoas afetadas das mais diversas formas como já mencionei.
 
Lembrei-me, agora, dos meus "amiguinhos" de escola que adoravam me mamar, me chamando de margarida, só porque eu era feminina… Margarida virou Borboleta e a cada dia voa mais alto. O que será que aconteceu com eles? (momento rancor…)
 
Carregou mais um vídeo, vou assistir… Depois deste, juro que não clico em mais nenhum…
 
Beijo, beijo, beijo… Fui…

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