O cabeleireiro Claudio Henrique Eising, de 22 anos, foi agredido a facadas dentro de um ônibus de Curitiba na sexta-feira (12), por dois homens homofóbicos, que diziam que "gay tem que morrer".
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De acordo com a vítima, ele foi atacado gratuitamente por dois homens – um senhor de cabelos brancos e um jovem aproximadamente 25 anos – aparentemente bêbados assim que entrou no ônibus da linha Inter 2, entre os terminais do Capão Raso e Portão.
"Entrei e começaram a me xingar, dizendo que gay tem que morrer. Sentei e vieram para cima de mim. Me prensaram contra a janela do ônibus, fiquei encurralado", declarou ele, que foi segurado por um e esfaqueado pelo outro, ao site Paraná Online.
Claudio, que também teve a testa golpeada com chutes e socos, levou 40 pontos em uma das mãos e 5 na testa. Ele perdeu a ponta de um dos dedos e por pouco não teve o dedo indicador arrancado.
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Ele alega que ninguém que estava dentro do ônibus tentou ajudá-lo, que pediram para o motorista parar o ônibus e que saíram pela porta de emergência. Foi neste momento que os agressores também saíram pela porta e fugiram.
A vítima foi levada pelo motorista ao Hospital do Trabalhador e deu o depoimento a Policia Militar dentro do ônibus. "Os policiais também ouviram umas duas pessoas que presenciaram e mais nada (…) Ninguém me disse o que eu posso fazer, o jeito é me recuperar e voltar a trabalhar".
Nas redes sociais, o cabeleireiro pediu desculpas aos clientes e disse que não poderá cumprir temporariamente os compromissos e obrigações. "Mas vou me esforçar ao máximo para me recuperar o quanto antes para poder voltar a me dedicar novamente a quem parte da minha vida e do meu dia-a-dia", escreveu.
Com a impunidade e a homofobia sem uma lei que a criminalize, Claudio diz que está "indignado com a sociedade" em que vive.
