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Cabo Verde em Alerta: Estudo Revela Baixa Tolerância à Comunidade LGBTIQ+ e Desafios na Aceitação Familiar e Social

Cabo Verde em Alerta: Estudo Revela Baixa Tolerância à Comunidade LGBTIQ+ e Desafios na Aceitação Familiar e Social

Cabo Verde em Alerta: Estudo Revela Baixa Tolerância à Comunidade LGBTIQ+ e Desafios na Aceitação Familiar e Social

Um estudo recente revelou que 54% da população de Cabo Verde considera sua sociedade como pouco ou nada tolerante em relação à comunidade LGBTIQ+. Essa pesquisa, realizada pelo Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) com apoio da Cooperação Espanhola, destaca a necessidade urgente de promover uma inclusão mais efetiva da temática LGBTIQ+ na educação formal e em campanhas públicas. A coordenadora da Cooperação Espanhola, Patrícia Ramos, ressaltou que Cabo Verde se tornou um exemplo a ser seguido na África no que tange aos direitos LGBTIQ+, destacando a importância de se tornar um ‘farol de esperança’ em um continente onde a homossexualidade pode ser severamente punida.

O estudo também revelou que, nas áreas urbanas, como Praia e São Vicente, a aceitação e o conhecimento sobre questões de gênero e orientação sexual são mais evidentes, refletindo o impacto positivo do ambiente cultural e do acesso à informação. Contudo, apenas 14,5% dos entrevistados afirmaram ter relações familiares próximas, evidenciando a dificuldade de reconhecimento e aceitação no seio familiar, que muitas vezes se torna um espaço de tensão. Além disso, cerca de 25% dos participantes evitam discutir temas LGBTIQ+ em ambientes sociais e familiares, enquanto os homens demonstram maior indiferença em relação a essas questões.

Embora a maioria, 73,9%, apoie a igualdade de direitos, há uma desconexão entre essa aceitação e a concordância com direitos específicos, como casamento e adoção, que foram apoiados por menos da metade dos entrevistados. O estudo também identificou práticas discriminatórias, especialmente em escolas, locais de trabalho e serviços de saúde, que são considerados os principais espaços de discriminação.

Entre as recomendações do estudo está a necessidade de atualizar o código penal para criminalizar explicitamente a homofobia e a transfobia, além de reforçar as leis contra crimes de ódio baseados em gênero e orientação sexual. O ministro da Família e Inclusão Social, Elísio Freire, enfatizou a importância de incluir a comunidade LGBTIQ+ nas políticas públicas, destacando que a inclusão é uma questão de justiça e direitos humanos. O estudo, que envolveu 767 entrevistados de várias ilhas de Cabo Verde, serve como um chamado à ação para promover a educação em direitos humanos e o combate ao preconceito.

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