A ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais) iniciou essa semana uma campanha para acabar com a discriminação e estigmatização da população trans. O foco principal é a retirada da identidade trans do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DMS), que é publicado anualmente pela Associação Americana de Psiquiatria, a mesma que considerava a homossexualidade uma doença.
A ideia da campanha é que na próxima edição do referido manual, que está previsto para 2012, deixe de considerar a transexualidade um transtorno mental, ou disforia de gênero. A chamada da campanha será "Parem com a patologização da transexualidade". Para ser mais fácil, seria algo do tipo: A transexualidade não é uma doença.
Além da reivindicação para que a transexualidade deixe de ser considerada doença, outras plataformas estão inclusas na campanha: a retirada da menção do sexo biiológico nos documentos; o fim dos tratamentos de normalização binária das pessoas intersex; o acesso livre aos tratamentos hormonais e as cirurgias de transgenitalização; fortalecer a luta contra a transfobia e propiciar a formação educativa e a inserção social das pessoas trans.
A cidade de Campinas (SP) está entre as localidades ao redor do mundo que participa da campanha. Além do interior de São Paulo, fazem parte da iniciativa: Barcelona, Madri, Bilbao, Donosti, Zaragoza, Granada, La Coruña (Espanha), Torino (Itália), Lisboa (Portugal), Paris, Lille, Marselha (França), Bruxelas (Bélgica), Quito (Equador) e Montreal (Canadá).
Está agendada uma manifestação mundial para o dia 12 de outubro.