Novembro é um mês importante para o público masculino: nessa época do ano, entidades de saúde alertam para a importância do combate e prevenção ao câncer de próstata, uma das doenças que mais mata pessoas do sexo masculino no mundo. Uma outra moléstia tão nociva ao homem mas ainda pouco falada é o câncer de pênis que chega a provocar até 1,6 mil amputações do órgão por ano no Brasil, de acordo com o Dr. Drauzio Varella. Assim como o câncer de próstata, o do pênis, se não tratado e identificado em sua fase inicial, ele pode provocar a retirada da genitália. Outro perigo é que a doença pode se espalhar pelo corpo, no caso, ocorrendo metástase, que é o avanço do câncer nas demais regiões. Embora a ciência associe a doença a infecções pelo vírus HPV, outro facilitar para se adquirir a moléstia é a falta de higiene, principalmente em homens com fimose. Ainda de acordo com especialistas, há maior prevalência da doença em homens residentes da zona rural. “É um flagelo porque esses homens procuram tratamento quando o pênis já está apodrecendo. Temos que amputar, mas às vezes a doença já se espalhou pela região e perfurou artérias”, diz Franz Campos, chefe da sessão de Urologia do Inca. Como dito anteriormente, um dos principais facilitadores para a doença é a falta de higiene da região íntima. O acúmulo de secreções na glande evolui para uma infecção que, posteriormente, se transforma em uma ferida que, se não curada, lesiona toda a região. O sintoma mais comum é o aparecimento de uma ferida avermelhada, que não cicatriz, ou de um pequeno nódulo na glande, no prepúcio ou no corpo do pênis. Como nem sempre essas lesões causam dor, o paciente pode não se preocupar, retardando o diagnóstico. Urologistas ressaltam que a única prevenção é a higiene do pênis, lavando direito, principalmente após masturbação e relação sexual, além, claro, do uso do preservativo, a fim de evitar infecção pelo vírus HPV. Em caso de sintomas da doença, a recomendação é procurar ajuda médica o mais rápido possível uma vez que, quando antes o diagnóstico, maiores são as chances do não amputamento do pênis.
