Aos 16 anos, Kátia Bronstein apareceu ao lado de Cazuza e Bebel Gilberto no ‘Circo Voador’. Mais tarde, fez sucesso no musical ‘Chorus line’, além de uma participação no filme ‘A Grande Arte’. Quando muitos já pensavam que seu negócio era mesmo o teatro, ela resolveu entrar de cabeça na carreira musical.
No começo deste ano, Kátia B brincou de ser Madonna em seu show e gostou. Em conversa com o A Capa, ela conta sobre sua paixão pela diva do pop e detalhes de seu novo show, o ‘Kátia B convida Madonna’.
Como foi a experiência de trabalhar com Cazuza e com a Bebel Gilberto?
Naquele momento, o ‘Circo Voador’ foi uma experiência única, tínhamos aula no parque, que era um lugar lindo. Eram vários grupos, cada um com um professor. O circo desenvolvia poetas, músicos, dançarinos. Foi uma coisa fantástica. Era uma criatividade que jorrava. Foi marcante.
Como era o Circo Voador?
Era um curso. Foi um processo de criação e de improvisação, de juntar muita gente, foi quase que um movimento artístico. Os trabalhos foram mais internos.
Que experiências do ‘Circo…’ você levou para a música?
Muitas, porque esse curso tinha músicos. Bebel foi uma grande inspiração pra eu cantar. A gente criava ópera-rock com letras do Chacal, sempre fazíamos música, muita música.
Pode contar um pouco de sua experiência no teatro?
Eu sempre gostei de teatro, quando jovem freqüentei curso de teatro tablado, fazia cursos avulsos de teatro e dança nas férias. E comecei a entrar em montagens. A minha primeira grande experiência foi em ‘Chorus line’ em São Paulo. Era sempre assim, dança, teatro, música. Sempre fiz espetáculos relacionados com música.
Como foi tocar no Tim festival?
Foi maravilhosa, uma realização. Sonho de qualquer cantora. Uma noite especial que tinha Björk no outro palco, foi um marco para mim.
Como surgiu sua paixão pela Madonna?
Surgiu quando comecei a focar na música, há uns 10 anos. Não sou daquelas fãs que sabe toda a discografia, que ouve desde pequena. Apaixonei-me mais tarde pelo fato de ela ter uma competência no que faz. Por ela ser tão corajosa e não ter medo de se arriscar, de se expor. O universo dela, essa linguagem musical que é muito pop, mas também busca elementos no underground, no novo. Sou apaixonada por suas músicas. Eu acho isso tudo muito inteligente, então isso me atraiu.
É daí que vem sua vontade de fazer versões das músicas de Madonna?
É sim. Este ano eu estava brincando, me divertindo, querendo botar umas coisas dela no show. As pessoas gostaram, então resolvi investir nisso.
Como é, então, o show ‘Kátia B convida Madonna’?
São dois músicos. Temos algumas programações como guitarra, baixo e violão. Eu toco violão e misturo algumas coisas do meu repertório com o repertório de Madonna. Canto uma música minha, depois uma música dela e, entre as canções, conto porque estou fazendo o show. Tem uma parte também do show em que me declaro apaixonada por ela. Entre as músicas de Madonna, estão ‘Like a Virgem’, ‘Human Nature’ e ‘Music’.
Você acha que de alguma forma os fãs dela agora são seus fãs?
É uma coisa nova. As pessoas estão gostando, estão curiosas. Então está havendo uma simpatia.
Você foi aos shows de Madonna no Rio?
Sim. Gostei muito.
O que você tirou dessas apresentações para os seus próximos shows?
É muito diferente. Meu palco é bem menor e eu não faço coreografia. A experiência é sempre a força dela, a capacidade, o profissionalismo, a competência e o fato de Madonna se jogar no que faz, essas coisas me estimulam.
Confira a programação com todos os shows de Kátia B em seu site oficial.
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