Depois de sofrer rejeição nas mãos das igrejas, católicos LGBT enviaram uma carta formal ao papa Francisco no Vaticano para falar sobre o que passam nos bastidores da relação com padres e outros católicos.
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Em reportagem de Laurie Goodstein, do The New York Times, eles revelam que, ao contrário do que Francisco diz, as portas das igrejas nem sempre estão abertas ou acolhedoras ao grupo.
Lui Akira Francesco Matsu, que é um homem trans, afirma que chegou a ser retirado da fila de comunhão da igreja em Detroit por ser defensor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ele diz que, após a rejeição e constrangimento frente a outros fieis, nunca mais retornou à sua paróquia.
Na carta que enviou, ele pede um encontro com o papa Francisco durante a primeira visita aos Estados Unidos em setembro. "Quero que ele estenda a sua mão abertamente, especialmente à comunidade transgênero", disse. "Sou um católico praticamente, apenas não tenho uma paróquia que eu possa chamar de lar".
O grupo busca ainda que Francisco reconheça que os LGBT são rejeitados pela igreja e que luta para que os receba como membros plenos, com acesso igual aos sacramentos como batismo e casamento. "Nós vemos muitas pessoas que amamos abandonarem a igreja por causa das indignidades e dor a que são submetidas", declarou a diretora executiva da DignityUSA, Marianne Duddy-Burke.
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Presidente da GLAAD, Sarah Kate Ellis afirma que o papa "tem uma oportunidade de mudar essa narrativa (de preconceito), e trazer consigo as pessoas e a Igreja". "Trata-se de uma plataforma realmente poderosa e que salvaria vidas de fato", declarou.
Francisco, todavia, tem uma postura controversa. Ao mesmo tempo em que já disse "quem sou eu para julgar?" e já recebeu um homem transexual no Vaticano, ele já fez oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e falou em alguns momentos em prol da família tradicional.
