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Católicos marcham na Itália contra as uniões gays; na Rússia, gays exigem parada

Dois protestos simultâneos, um contra e um a favor dos direitos gays,  marcaram o fim de semana na Itália. O primeiro deles aconteceu na tarde deste sábado 12 e levou cerca de um milhão de católicos (segundo os organizadores) à praça San Giovanni, em Roma, para protestar em defesa da família e contra o projeto do governo do premiê italiano, Romano Prodi, que reconhece os casais homossexuais.

A multidão era integrada por fiéis de paróquias de toda a Itália, incluindo famílias com crianças, idosos e casais de jovens. Os católicos rejeitam o projeto de lei do governo, que reconhece juridicamente as uniões de fato entre homossexuais, O projeto avança com dificuldade no Parlamento italiano, dividindo as alas conservadora e progressista.

Dois ministros do governo Prodi participaram da manifestação, ao lado de representantes dos partidos de direita – entre eles o líder da oposição, o ex-premiê Silvio Berlusconi.

"Não sou contra a defesa dos direitos dos casais de fato (…) mas também não defendo a instituição (…) de um matrimônio de segunda classe", declarou Berlusconi.

A favor

A cerca de 3 km da praça San Giovanni, na Praça Navona, houve uma  contramanifestação. incluindo membros da esquerda radical e militantes gays. "Eu me divorcio do Papa…", "Todas as famílias são iguais", diziam alguns cartazes da contramanifestação.

Enquanto isso na Rússia…

Alguns representantes de organizações homossexuais da Rússia apresentaram nesta segunda-feira à prefeitura de Moscou uma solicitação para realizar na capital uma marcha em defesa de seus direitos no próximo dia 27.

Nikolai Alexeyev, presidente de um agrupamento "gay" na Rússia, e um dos organizadores do evento, indicou que a marcha será realizada da rua Miasnitskaya até a Praça Lubianka, a menos de um quilômetro do Kremlin.

"Nossa atividade tem como objetivo unicamente reivindicar direitos humanos, e não será um carnaval", declarou Alexeyev.

Para o segmento GLBT russo, o 27 de maio é um dia significativo porque no ano de 1933, na mesma data, o artigo 121 do código penal que sancionava as práticas homossexuais com a prisão foi abolido.

A solicitação apresentada à prefeitura pelos organizadores da marcha assinala que até cinco mil pessoas participarão do evento. Em 27 de maio do ano passado, grupos radicais e policiais antidistúrbios reprimiram uma manifestação de homossexuais em Moscou, a primeira da história do país convocada para reivindicar os direitos GLBT e denunciar a homofobia.

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