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Com três horas de atraso e muita confusão, parada de BH reúne 100 mil

Após três horas de impasse entre autoridades e militância, a parada gay de Belo Horizonte foi liberada e 100 mil pessoas se reuniram nas ruas do centro da capital mineira contra a homofobia no domingo.

Inicialmente previsto para as 16h, o evento chegou a ser cancelado pelo Corpo de Bombeiros, com a alegação de que a organização não cumprira todas as exigências de segurança, como UTIs móveis, médicos e enfermeiros, além de brigada de incêndio.

De acordo com o grupo Cellos, responsável pela organização da parada, não houve tempo hábil para providenciar tudo o que foi exigido pelos bombeiros, já que o pedido foi feito apenas na sexta-feira, 20, no final da tarde.

Além disso, afirmam os militantes, a cidade de Belo Horizonte conta com apenas quatro UTIs móveis e as autoridades solicitaram ao menos seis unidades para cobrir a parada.

Para a drag queen Walkíria La Roche, houve tentativa de desarticulação do movimento gay. “Queriam nos desestabilizar, nos deixar cansados, a fim de não ocorrer o evento”. Ela afirmou ainda que o fato de quatro trios não terem sido liberados foi imprudência das autoridades.

“Todos os carros são previamente vistoriados, dias antes da parada, ou seja, todos chegam à avenida certificados. Não procede a informação de que os trios não estavam dentro das exigências”.

Walkíria foi quase detida, num incidente que, segundo ela, teria sido o estopim da confusão. “Bem no início da parada, ainda na concentração, um policial despreparado atirou contra um motoqueiro e aí começou a bagunça”, conta. Segundo ela, uma jornalista da Rádio Itatiaia também presenciou a cena.

Mesmo com tantos problemas, seis trios continuaram a parada gay, chegando por volta de 20h à avenida Afonso Pena, trecho final do percurso. “Estava tudo lotado, mais de 100 mil pessoas gritavam de felicidade porque os trios estavam chegando. Os gays esperaram e não arredaram o pé até o último trio chegar. Foi emocionante”, diz Sérgio di Pietro, diretor-executivo do site Disponivel.com.

“Saímos fortalecidos desse incidente. Não colocamos um número grande de pessoas nas ruas, mas quem foi era de fato politizado e isso fortalece o movimento”, acredita Walkíria.

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