Grupo ateou fogo nas letras LGBT no lugar do tradicional Judas, gerando forte repúdio da comunidade LGBTQIA+
Na cidade de Limassol, Chipre, um ato de ódio chocou a comunidade LGBTQIA+. Durante as celebrações tradicionais da Páscoa, jovens incendiaram as letras “LGBT” no pátio da Igreja de São Jorge em Havouza, substituindo o costume de queimar o boneco do Judas.
Este gesto, que visa atacar simbolicamente a comunidade LGBTQIA+, foi denunciado pela organização Accept – LGBTI Cyprus, que expressou profunda indignação e tristeza diante do ocorrido.
Um símbolo de exclusão e violência
A queima do Judas é um ritual ancestral em Chipre, representando o castigo à traição. Porém, substituir essa figura pelo acrônimo LGBT é um claro sinal de intolerância, preconceito e violência simbólica direcionada a pessoas LGBTQIA+.
O episódio foi acompanhado de uma mensagem irônica da organização Accept, que citou a passagem bíblica “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lucas 23,34), lamentando que esse tipo de ato seja cometido por aqueles que representam o futuro e a juventude do país.
Impacto para a comunidade e o futuro
Esse ataque evidencia as dificuldades que a comunidade LGBTQIA+ ainda enfrenta, mesmo em sociedades que buscam maior inclusão. O incidente em Limassol não é apenas um ato isolado, mas um alerta sobre a necessidade de fortalecer a luta contra a homofobia e a transfobia no Chipre e no mundo.
Para o público LGBTQIA+, é fundamental transformar a dor desse episódio em combustível para a resistência e a construção de espaços seguros e acolhedores.
Em tempos em que o orgulho e a diversidade devem ser celebrados, atos como esse reforçam a urgência do diálogo, da educação e da solidariedade entre todas as pessoas, para que a sigla LGBT deixe de ser alvo de ódio e se torne sinônimo de amor e respeito.