O escritor sul-coreano Sang Young Park traz à tona a resistência da literatura queer em seu mais recente trabalho, “Regras do Amor na Cidade Grande”. Este romance, que já foi finalista do prestigiado Prêmio Booker, oferece um olhar íntimo e provocador sobre os dilemas enfrentados por um jovem gay na Coreia do Sul. Com um humor sutil, Park retrata as complexidades da vida urbana contemporânea, abordando temas como preconceito e identidade.
A obra, lançada no Brasil pela Editora Record, já deu origem a uma série na plataforma Rakuten Viki e agora chega às telonas, com uma adaptação que promete cativar o público. Os protagonistas são interpretados por Kim Go-eun e Steve Sanghyun Noh, ambos renomados no cenário dos dramas coreanos.
Durante uma entrevista, Park compartilhou suas experiências e reflexões sobre o impacto de sua escrita. Ele mencionou que a literatura pode ser uma linguagem universal, capaz de conectar leitores de diferentes culturas. O autor também falou sobre a alegria de ser finalista do Prêmio Booker, um momento que ele descreve como um dos mais felizes de sua vida.
Park enfatizou a importância de escrever sobre a vida queer na Coreia como um ato de resistência. Ele acredita que simplesmente existir em um ambiente conservador já é uma luta, e a literatura amplifica essa resistência, permitindo que vozes marginalizadas sejam ouvidas.
Além de discutir a literatura, Park também compartilhou suas recomendações sobre Seul, sugerindo paradas obrigatórias como o Parque Naksan, onde seus personagens se apaixonam, e Itaewon, famoso por sua vibrante vida noturna. Ele ainda mencionou que, embora a Coreia tenha avançado economicamente, a mentalidade conservadora ainda predomina, o que torna essencial a compreensão das nuances culturais do país.
Por fim, Park comentou sobre suas influências e obsessões culturais, destacando a literatura contemporânea e os dramas que o inspiram. Ele também brincou sobre como sua vida poderia se tornar um K-drama, começando com um encontro inesperado. Com uma mistura de ironia e sinceridade, Sang Young Park continua a desafiar as normas sociais e a abrir espaço para a discussão da diversidade na literatura sul-coreana.