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Crianças com déficit auditivo e aprendizagem são “curadas” após adoção de casal gay

Os professores Márcio Raiol e Rafael Lima terão três excelentes motivos para comemorar o Dia dos Pais no domingo (9): os três filhos adotivos Tássio, de 5 anos, Lucas, de 4 e Theo Fernando, de três anos.

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O casal, que oficializou a união há cinco anos, mora com os filhos em Belém do Pará e afirma que não se difere de nenhuma outra família. Detalhe: eles ainda têm um cachorro e três gatos.

Preconceito? "Eles supercurtem ter dois pais. O Lucas, que é o do meio, faz questão de chegar no meio de qualquer conversa e dizer: 'eu tenho dois pais'. Quando você tem contato, deixa de ser estranho", declara Márcio ao G1.

O professor afirma que sempre teve o sonho de ser pai e que, ao conhecer Rafael, passou a frequentar um grupo de apoio à adoção. Eles passaram por todo o processo legal na Vara da Infância e sempre quiseram ter mais de um filho. Ao falar do primeiro, ele se emocionada: "A gente fez várias visitas antes da adoção, e na última decidimos fazer um passeio. Na volta, na hora da despedida, ele me agarrou e falou: 'Me levem para casa, não me deixem aqui".

Márcio afirma que no perfil de adoção inclui que aceitavam crianças com deficiência e relata que Nando veio com diagnóstico de déficit auditivo e Lucas com déficit de aprendizagem. "Mas graças a Deus era um diagnóstico equivocado, era questão de falta de estímulo, apenas faltava isso. Como não estimulavam a criança, achavam que ele era surdo. E você vê que ele é um grude só".

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Os servidores da Universidade Federal do Pará (UFPA) revelam que os filhos têm um excelente convívio na escola – um na Escola de Aplicação da UFPA e os menores em uma escola católica da capital – e que são apoiados pelos coleguinhas. "Na festa do Dia das Mães na escola, no maternal, quando foram conversar sobre a festa, os próprios coleguinhas do Lucas disseram para a professora que ele não tinha mãe e então adequaram a estrutura".

Sobre o fato de ser pai de três logo na primeira viagem, ele afirma: "É passar a construir o dia a dia em função de uma criança, nesse caso, três! É reestruturar suas opções de lazer, seus horários de trabalho, projetos de vida e passar a planejar tudo prioritariamente para eles. Tem horas que é muito mais gratificante do que a gente espera, mas tem horas de exaustão. Entretanto, a gente não consegue mais imaginar nossa vida sem essas três pessoas fantásticas".

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