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Crime premeditado: Professor gay passou tarde na praia com seus assassinos

A polícia de Amaralina prendeu os dois suspeitos confessos de assassinar o professor de química Deodarkson Aparecido Rêgo Pereira, de 45 anos, no dia 12 deste mês, em Salvador. Trata-se do desempregado Nadson de Jesus Pepe, de 19, e um estudante de 16 anos.

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Eles foram presos após deixar vestígios: foram vistos nas câmeras de segurança de prédios vizinhos, usar o WhatsApp do celular do professor e ser linchado por moradores, após o crime vazar.

Duas versões estão sendo analisadas pela 1ª Delegacia de Homicídios. Mas o delegado Marcelo Sansão garante ao Correio da Bahia que o crime foi premeditado. "Nadson conta que, dias antes do crime, foi convidado para ir à casa do professor e que o menor dizia que lá havia objetos de valor". Eles levaram um monitor de computador, relógio, celular, uma quantia em dinheiro e outros objetos.

Na primeira versão, Nadson afirma que o crime foi motivado após um desentendimento e a falta de pagamento de um programa. Ele teria imobilizado o professor, enquanto o adolescente amarrava os pés e as mãos da vítima. Nadson esgana e mata o professor, diz o relato. O corpo foi localizado dias depois, quando um vizinho sentiu o forte cheiro saindo de um dos apartamentos e chamou a polícia.

Já na versão do adolescente, não houve nenhum programa e nem a negociação disso. A delegada plantonista Patrícia Gandini diz que o adolescente havia sido apresentado há cerca de um homem ao professor e que eles conversavam pelo WhatsApp. Foi durante uma dessas conversas que o professor teria o convidado a sair e ele perguntou se um amigo poderia ir junto.

Eles passaram a tarde juntos na praia e voltaram para a casa do professor para tomar banho. Segundo o adolescente, quando ele foi ao banheiro, teria escutado o comparsa o chamando e viu Nadson dando uma gravata no professor. Ele o mandou amarrar as pernas e os braços da vítima.

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O desempregado, que tem passagem por tráfico de drogas e associação ao tráfico, foi conduzido ao Núcleo de Prisão em Flagrante, no Complexo da Mata Escura. O adolescente foi encaminhado à Justiça.

LUTO
O crime chocou alunos e professores do Colégio Estadual Rotary, onde o professor lecionava desde 2004. "Estamos perdendo uma pessoa muito querida e preparada academicamente. Recebemos a informação com muita tristeza", declarou a diretora Joana Livia Negrão. Ela afirma que o professor era uma pessoa muito "solícita, sempre disposta a ajudar. Tinha um conhecimento vasto".

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