A tenista Daria Kasatkina, nascida na Rússia e atualmente classificada como a número 12 do mundo, revelou sua decisão de se tornar cidadã australiana, destacando que sua sexualidade foi um fator crucial nessa mudança. Em uma entrevista emocionante, Kasatkina, que é a única jogadora abertamente gay entre as 100 melhores do ranking, afirmou que a Tennis Australia a abordou nos últimos meses sobre essa transição. Ela expressou que, ao se tornar oficialmente uma jogadora australiana, sentiu uma mistura de emoções e felicidade por iniciar esse novo capítulo em sua vida, onde poderá representar um país que a acolhe de maneira inclusiva.
A atleta também comentou sobre a situação difícil dos direitos LGBT na Rússia, especialmente após uma decisão do tribunal supremo do país em 2023 que classificou o movimento LGBT internacional como uma organização extremista. Isso efetivamente criminalizou o ativismo LGBT, tornando sua decisão de mudar para a Austrália ainda mais significativa. Kasatkina está em um relacionamento com Natalia Zabiiako, uma patinadora no gelo de origem russo-estoniana, e expressou sua preocupação sobre a possibilidade de voltar para casa e ver amigos e familiares.
“Eu não tinha muitas escolhas. Para mim, ser abertamente gay e querer ser eu mesma, tive que dar esse passo”, declarou. Ela descreveu a Austrália como um lugar onde se sente livre para ser quem é, expressando sua gratidão por ter essa oportunidade. Durante sua primeira coletiva de imprensa como cidadã australiana, Kasatkina destacou a abertura e a acolhida que encontrou no país, afirmando que a Tennis Australia foi fundamental nesse processo.
Ela também compartilhou sua expectativa de jogar o Australian Open no próximo ano, enfatizando que a experiência será especial e emocionante, dado o apoio que os jogadores australianos recebem durante o torneio. Kasatkina concluiu sua declaração manifestando sua felicidade e entusiasmo por este novo início em sua carreira e vida pessoal, com a esperança de que sua história inspire outros na comunidade LGBT a serem autênticos e a lutarem por seus direitos.
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