Gustavo Tarrío, dramaturgo e diretor, se despede da peça ‘Ha morto um puto’, que explora a vida de Carlos Correas, um filósofo e escritor argentino considerado um dos pioneiros da literatura homoerótica na Argentina. O espetáculo, que combina melodrama e humor, busca visibilizar a luta da comunidade LGBT e o estigma enfrentado por Correas na década de 1950. A obra, inspirada pela descoberta de um conto de Correas, revela como sua vida e sua literatura refletem a marginalidade e a resistência homossexual da época. A narrativa inclui elementos autobiográficos, destacando a relação de Correas com as travestis e o submundo gay de Buenos Aires, além de sua luta interna com a identidade sexual. Tarrío menciona que a peça não só homenageia Correas, mas também serve como um convite para que o público conheça sua obra, que é uma celebração da vida e da luta queer. O reestreio da peça coincidiu com a Marcha Antifascista, trazendo à tona questões de homofobia na política atual, especialmente em relação a figuras como Javier Milei, o que Tarrío aborda com crítica. A peça conta com um elenco diversificado, incluindo artistas trans e de diferentes origens, e busca criar um espaço de reflexão e celebração para a comunidade LGBT. ‘Ha morto um puto’ é uma obra necessária que não apenas narra a vida de Correas, mas também provoca um diálogo sobre a realidade contemporânea da homossexualidade na Argentina.
Quer ficar por dentro de tudo que rola? Dá aquele follow no Insta do Acapa.com.br clicando aqui e cola com a gente nas notícias mais quentes