O filme “Jimpa”, protagonizado por John Lithgow e Olivia Colman, estreou no Festival de Cinema de Sundance e apresenta uma narrativa intrigante sobre conexões familiares em um contexto contemporâneo. A obra, dirigida por Sophie Hyde, é uma comédia dramática semi-autobiográfica que aborda as interações de uma família australiana com seu avô gay em Amsterdã. Apesar de suas boas intenções, a produção enfrenta desafios em sua execução, resultando em um enredo que frequentemente parece forçado e difícil de conectar emocionalmente.
“Jimpa” explora temas como a identidade de gênero e as relações não tradicionais, mas muitas vezes cai em um ritmo monótono que prejudica seu impacto. A trama gira em torno de Hannah, uma diretora de cinema, e sua filha Frances, que viajam para visitar Jim, o avô que vive em um estilo de vida livre na Europa. O filme tenta equilibrar a exploração da sexualidade e das dinâmicas familiares, mas muitas das cenas parecem desconectadas e sem profundidade emocional.
Hydes já havia demonstrado seu talento com o filme “Good Luck to You, Leo Grande”, que foi bem recebido pela crítica. No entanto, “Jimpa” acaba se perdendo em sua tentativa de abordar uma variedade de tópicos relevantes, resultando em uma experiência que se sente mais como um exercício de estilo do que uma narrativa envolvente. Os diálogos, em muitos momentos, são difíceis de acreditar e as relações entre os personagens carecem de realismo.
John Lithgow, que interpreta Jim, traz um charme peculiar ao seu papel, embora o roteiro não ofereça a profundidade necessária para que os espectadores realmente se importem com sua jornada. Olivia Colman, conhecida por sua habilidade em equilibrar momentos de comédia e drama, também se destaca, mas suas performances são limitadas por uma narrativa que não faz jus ao seu talento.
O filme, que se propõe a discutir a luta da comunidade LGBTQ+ e a relevância das conversas sobre sexualidade, acaba se perdendo em um mar de clichês e situações implausíveis. “Jimpa” tem seus momentos de graça, mas sua mensagem sobre a conexão familiar e a aceitação não se estabelece de forma convincente, resultando em uma obra que, apesar de seu coração, carece de uma direção clara e impactante.
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