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“Eram risinhos e chacotas”, diz professora transexual sobre preconceito no ambiente de trabalho

A transexual Laysa Machado é uma vitoriosa. Aos 41 anos, ela é diretora-adjunta de um colégio estadual de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e foi eleita ao cargo democraticamente, apesar de ter enfrentado a "resistência de uma minoria".

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a transexual falou sobre sua rotina e revelou que no inicio sofria preconceito pelos próprios colegas de trabalho. "Eram risinhos, chacotas. O pensamento de algumas pessoas era assim: como que pode travesti dando aula? Travesti tem que estar na prostituição, e não aqui.", contou.

Antes de assumir sua sexualidade, Laysa diz que "sublimava a augústia com os estudos" e se formou em história e letras, tornando-se professora concursada da rede estadual de ensino. Mas, mesmo com tanto empenho, em uma de suas experiências lecionando foi acusada de "subversão" por sair público com seu primeiro vestido, aos 27 anos.

"Eu fui execrada. Perdi tudo: amigos, emprego.", relembra. Hoje, mesmo com um cargo superior na area da educação, Laysa continua enfrentando dificuldades.

"Você tem que matar um leão por segundo. Se o hetero precisa ser o melhor, a diversidade tem que ser bilhões de vezes melhor", afirmou.

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