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“Não sou contra o direito dos homossexuais”, diz Marina Silva após defender Marco Feliciano

A ex-senadora Marina Silva causou polêmica ao falar de temas relacionados à comunidade LGBT na última terça-feira (15), durante uma palestra na universidade Católica de Pernambuco. A defesa ao pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos, foi o que mais repercutiu em sua fala.

“Feliciano está sendo mais hostilizado por ser evangélico que por sua declarações equivocadas.Não gosto como este debate [sobre legalização do aborto e casamento gay] vem sendo conduzido. Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra gays substituindo por um preconceito contra religiosos", declarou a parlamentar.

Apesar de afirmar que Feliano entrou em um "jogo de injustiça", Marina Silva declarou que o deputado não tem tradição na defesa dos direitos humanos e, por isso, não deveria ter sido escolhido para ocupar a presidência da Comissão.

“Eu fui da Comissão e nunca me questionaram dizendo que estava despreparada para estar na Comissão. O deputado Feliciano não tem tradição na defesa dos direitos humanos, e a minha preocupação não é só com temas do comportamento. E ele vai lidar também com desaparecidos políticos, dos direitos indígenas. O que ele vai fazer em relação a essas agendas?", questionou.

A ex-senadora, que vem buscando apoio político para criar o seu próprio partido, Rede Sustentabilidade, finalmente não se esquivou quando o assunto foi os direitos dos homossexuais em entrevista à CBN.

"Eu não concordo com nenhum tipo de discriminação. A Bíblia diz que cada pessoa é livre para fazer o que quiser. Não sou contra o direito dos homossexuais. Uma criança que não tem acolhimento precisa de cuidado, e fico pensando no que Jesus diria, é claro que ele preferiria uma criança cuidada com amor e carinho. Se alguém disser que casamento entre pessoas do mesmo sexo tem sacramento, para isso não há respaldo religioso, mas os direitos civis são estabelecidos pela lei, e eu defendo os direitos civis de todas as pessoas", concluiu.

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