A ex-juíza do condado de Jefferson, Dianna Bartels, entrou com um processo contra o Tribunal de Circuito do condado e 11 outros réus, reivindicando uma quantia de US$ 50,5 milhões em danos. O processo foi protocolado em 5 de janeiro, tanto nos tribunais do condado de Jefferson quanto no condado de St. Louis. Bartels alega que sofreu discriminação e difamação por parte dos réus, que incluem juízes atuais e antigos, o escrivão do circuito e o procurador do condado, entre outros.
Bartels, que está se representando no processo, afirma que a discriminação ocorreu devido ao seu gênero, sua condição de autismo e sua ascendência irlandesa. Ela menciona que foi forçada a renunciar ao cargo de juíza em 1º de novembro de 2022, após perder a eleição para um segundo mandato em 2022. De acordo com Bartels, a Comissão de Aposentadoria, Remoção e Disciplina, que investiga queixas contra juízes, havia encerrado investigações sobre 13 acusações contra ela, mas a pressionou a se demitir antes do término de seu mandato.
A ex-juíza alega que sofreu um tratamento hostil de seus colegas, incluindo comentários depreciativos sobre suas habilidades judiciais e sua condição de autismo. Bartels também afirma que o juiz Missey, um dos réus, teria insinuado que ela não era uma boa juíza e que havia um ambiente de trabalho hostil que prejudicou sua capacidade de atuar. Além disso, ela menciona que suas condições de saúde, incluindo efeitos prolongados da COVID-19, não foram levadas em consideração por seus supervisores, resultando em uma carga de trabalho excessiva e em retaliações.
O caso de Bartels levanta questões importantes sobre discriminação no local de trabalho e a necessidade de ambientes judiciais inclusivos e respeitosos. A ex-juíza não recebeu comentários dos réus sobre suas alegações, e a maioria declarou que não havia sido formalmente notificada sobre o processo.
Bartels busca não apenas compensação financeira, mas também justiça em relação ao tratamento que afirma ter recebido durante seu mandato. Este caso destaca a importância de se proteger os direitos de todos os profissionais, especialmente aqueles que pertencem a grupos minoritários, como as mulheres e pessoas com deficiência, em ambientes de trabalho muitas vezes dominados por preconceitos e discriminação.
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