No começo do ano, o corpo do jovem Itaberlly Lozano, de 17 anos, encontrado carbonizado em um canavial, chocou a cidade de Cravinhos, no interior de São Paulo. Lozano teria sido morto no final de dezembro de 2016, esfaqueado pela própria mãe, com a ajuda do padrasto e outras três pessoas, por ser gay. Na quinta-feira, 13, saiu o resultado do DNA que comprovou ser de Itaberlly o corpo. Os restos mortais, que permaneciam no Instituto Médico Legal de Ribeirão Preto aguardando o resultado do DNA, foram liberados à família e serão sepultados nesta sexta-feira, 14. A Polícia Civil e o Ministério Público acusam a mãe do rapaz, Tatiana Ferreira Lozano Pereira, de 33 anos, de ser a “cabeça” do crime, que teve ainda a participação de seu parceiro, e padrasto da vítima, Alex Canteli Pereira, de 30 anos; além de outros três jovens, Victor Roberto da Silva, de 19 anos, Miller da Silva Barissa, de 18, e uma adolescente de 16 anos. O caso aconteceu no dia 29 de dezembro do ano passado. De acordo com as informações dos investigadores, inicialmente as outras pessoas contratadas pela mãe de Itaberlly tentaram matá-lo enforcado, entretanto, como o mesmo apresentou resistência, a gerente de supermercado o esfaqueou. Para finalizar, o casal levou o corpo do jovem até o canavial, onde ateou fogo. A polícia recuperou uma publicação no perfil do Facebook de Itaberlly, onde ele relatava as agressões sofridas pela mãe, que não aceitava sua orientação sexual. “Lembrando que essa mulher que eu chamava de mãe me espancou e colocou uma renca de mlk (moleques) atrás de mim para me bater, me pôs para fora de casa e me deu uma pisa (surra), sabe por quê? Porque eu sou gay”, escreveu o adolescente à época. A justiça tentará levar o caso para júri popular. Os criminosos maiores de idade estão presos e a garota está sob custódia.