Ontem, o "Fantástico" exibiu uma reportagem sobre o projeto de lei da Uganda que prevê pena de morte entre as punições aos homossexuais.
Na Uganda, ser homossexual assumido é crime. "Se você declarar que é gay, se fizer isso em público, deve ser retirado das ruas e ser preso, porque a homossexualidade é crime", diz David Bahati, deputado de 36 anos e autor do projeto. Para Frank Mugisha, de 28 anos e gay assumido, viver na Uganda é estar diariamente em perigo. "Eu acordo todo dia sem saber o que vai acontecer comigo", disse.
Líder do movimento gay no país, Frank conta que é obrigado a mudar de casa constantemente. O rapaz ainda evita visitar certos lugares para não sofrer ataques verbais ou até físicos.
O projeto de lei, que deve ser votado em maio, tem recebido forte pressão internacional para que não seja aprovado. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, declarou que a lei é abominável.
"Aqui nós não reconhecemos o homossexualismo (sic) como um direito humano. Pode ser assim no Brasil ou na América. Mas o que é bom para esses países pode não ser bom para Uganda", afirmou o deputado David.
O parlamentar afirmou ainda que "gays têm três vezes mais chance de pegar o HIV. Por isso, combater o homossexualismo é combater a Aids".
Se a lei for aprovada, a perseguição aos gays será ainda maior em Uganda. "Eu vou ficar até não dar mais", afirmou Frank Mugisha.
Veja abaixo o vídeo da reportagem.