Assistir ao final da segunda temporada do “RuPaul’s Drag Race UK vs The World” ao vivo em um bar LGBTQ+ lotado em Londres foi um acontecimento alegre. Tia Kofi e Hannah Conda, as finalistas, aguardavam ansiosamente pelo resultado. Quando RuPaul anunciou o nome de Tia, a celebração tomou conta do local, com todos dançando e cantando em comemoração à sua vitória e ao lançamento de seu álbum de estreia.
A temporada destacou-se pelo companheirismo entre os participantes e performances talentosas. Porém, a reação de uma parcela dos fãs tem sido menos que exemplar, especialmente nas redes sociais, onde comentários tóxicos e ataques pessoais surgiram após a vitória de Tia Kofi.
Apesar das críticas de que a filipina Marina Summers deveria ter vencido, é importante lembrar que RuPaul, que também é a produtora executiva do show, tem a decisão final. A narrativa de interferência dos produtores não se sustenta quando consideramos que foi a própria RuPaul quem anunciou o vencedor.
Os ataques têm sido tão intensos que vários participantes da temporada se viram obrigados a denunciar a toxicidade de parte dos fãs. Essa não é apenas uma questão isolada, sendo frequentemente direcionada a participantes de cor, como Tia Kofi.
Essa toxicidade não só afeta negativamente os envolvidos como pode desencorajar futuras participações no programa. A drag queen Pixie Polite expressou que tais reações a desmotivariam de retornar para uma temporada futura de “All Stars”.
O “Drag Race” deveria ser uma experiência positiva, educativa e elevadora para os participantes e fãs. No entanto, com a comunidade queer já enfrentando ataques externos significativos, é desolador ver que o mesmo ocorre internamente.
O “RuPaul’s Drag Race UK vs The World” está disponível para streaming na BBC iPlayer e WOW Presents Plus, oferecendo a todos a chance de testemunhar a alegria e a arte do drag, apesar das sombras lançadas pela parte tóxica da fandom.
