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Funcionários gays da Google gravam vídeo em homenagem a jovens discriminados

Funcionários gays da Google resolveram sair do armário e aderiram à campanha "It Gets Better", que sensibiliza a sociedade para o problema do bullying homofóbico.

No vídeo, diversos colaboradores da companhia nos Estados Unidos dão depoimentos sobre seu passado, quando eram discriminados por causa de sua orientação sexual. "Tinha dias que eu fingia estar doente para não ir à escola", conta um dos funcionários. "Nunca tive a oportunidade de discutir questões sobre minha identidade de gênero ou orientação sexual até eu crescer", diz uma funcionária transexual, que continua: "Melhorou quando eu me assumi, quando contei aos meus amigos e família que continuo sendo eu, mas não exatamente do jeito que imaginavam."

A campanha "It Gets Better" foi criada pelo colunista e ativista dos direitos LGBT Dan Savage, e já conta com a participação de personalidades como a cantora Ke$ha e até mesmo da Secretária de Estado americana Hillary Clinton.

"Percebi que no YouTube e em outras redes sociais podemos falar diretamente a esses jovens [que são discriminados por serem gays]. Podemos pressionar as escolas que não protegem seus alunos gays, os pais que mantém seus filhos isolados e as igrejas que dizem que eles estão cometendo um pecado ou que estão doentes", explicou Dan Savage sobre a campanha ao jornal "The New York Times".

Procurada pela reportagem do site A Capa, a assessoria de imprensa da Google no Brasil diz que por enquanto não há qualquer posicionamento da subsidiária em relação à campanha no país.

Laço Roxo
Com o objetivo de chamar a atenção para os suicídios entre gays, a estudante canadense Brittany McMillan criou a campanha "Spirit Day", que incentiva as pessoas a vestirem a cor roxa nesta quarta-feira.

A ideia da estudante se junta aos vídeos da campanha "It Gets Better" para motivar os adolescentes a falarem abertamente das dificuldades que enfrentaram por serem homossexuais. "O roxo representa o espírito na bandeira do arco-íris e é exatamente isso que gostaríamos que todos vocês tivessem: espírito. Saibam que as coisas vão melhorar e que vocês encontrarão pessoas que os amam e os respeitam pelo que são, independente de sua sexualidade", escreveu McMillan em sua página no Tumblr.

No Brasil
A campanha "Spirit Day" ganhou a adesão de diversas personalidades no Brasil.

O ex-BBB e futuro deputado federal Jean Wyllys deixou sua foto no perfil do Twitter com a cor roxa. No Facebook, o movimento foi o mesmo: alguns trocaram seu avatar por quadrados roxos, como o estilista Carlos Tufvesson, outros preferiram colocar o laço com a frase "Stop Gay Bullying" (Parem o bullying de gays).

"LGBTs adolescentes, resistam! Depois da escuridão, há luz! Nós que, aqui, estamos – orgulhosos de nossa sexualidade – por vós esperamos!", escreveu Jean Wyllys no microblog.

“Fundamental é lembrar do alto índice de suicídio entre adolescentes homossexuais. As pessoas precisam entender o quanto de nada cristão tem em ser preconceituoso e o quanto as pessoas sofrem com isso”, disse Carlos Tufvesson em entrevista ao site A Capa. “O índice de suicídio entre adolescentes homossexuais é superior ao da média, e o governo não pode continuar com essa política teocracista de interferência religiosa e não olhar para esses dados."

Para inspirar – por que não – nós brasileiros a fazermos o mesmo, assista abaixo ao vídeo com os funcionários gays da Google:

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